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Geral
30/10/2013 09:00:00
Em Vitória, PM que deu carteirada em blitz da Lei Seca é afastado
O afastamento foi feito por determinação do próprio comandante-geral, o coronel Edmilson dos Santos, informou a assessoria da PM.

Uol/LD

O\n tenente-coronel José Dirceu Pereira, da Polícia Militar do Espírito \n Santo, flagrado ao ser parado em uma blitz da Lei Seca e suspeito de \n usar sua patente para fugir da fiscalização, em Vitória, foi afastado na\n manhã desta quarta-feira (30) de suas funções na assessoria jurídica do\n comando-geral da corporação. O afastamento foi feito por determinação \n do próprio comandante-geral, o coronel Edmilson dos Santos, informou a \n assessoria da PM. \n Pereira e outros policiais envolvidos no episódio. ocorrido no último \n dia 13, são alvo de IPM (Inquérito Policial Militar) conduzido pela \n Corregedoria da corporação. \n De acordo com a PM, a investigação foi iniciada na semana passada, a pedido do comandante-geral.
Nesta\n terça-feira (29), o corregedor-geral da PM capixaba, coronel Marcos \n Celante, disse em coletiva de imprensa que o Ministério Público do \n Espírito Santo havia solicitado o afastamento de alguns policiais \n envolvidos no caso, mas que ele preferia avançar mais nas investigações \n antes de tomar alguma atitude. O caso ganhou o noticiário nacional horas\n depois e, nesta quarta, o afastamento do tenente-coronel foi anunciado.\n \n Segundo a assessoria da PM, Pereira, que aparece em vídeo sem cinto de \n segurança e com o braço para fora da janela perguntando para o policial \n que o aborda se o PM sabe que ele é coronel da polícia, ficará afastado \n enquanto o IPM estiver em andamento. Nenhuma outra função foi designada \n para o oficial até o momento. \n O corregedor-geral afirmou que a investigação deve durar 40 dias, \n prorrogáveis por mais 20. A reportagem solicitou entrevistas com o \n comandante e com corregedor da corporação, mas não obteve resposta até \n as 15h30 desta quarta. \n Na abordagem ao tenente-coronel, um PM pediu ao oficial que apresentasse\n a carteira de habilitação de motorista e os documentos do carro. Ao ser\n informado sobre a patente do coronel, o policial afirmou: "Eu não \n conheço o senhor. Quero a identificação do senhor." O motorista, no \n entanto, mostrou a carteira de oficial da PM e deixou o local sem \n mostrar os papeis exigidos. O episódio foi narrado no relatório da \n blitz. \n Sem permissão\n O documento foi assinado pelo 2º tenente da PM Osvaldo Savergnini do \n Carmo. Segundo o relato, o tenente-coronel Dirceu declarou que os \n policiais queriam "sacaneá-lo", pediu sua carteira funcional de volta e \n deixou o local sem que lhe fosse dada a permissão, antes de passar pelo \n teste do bafômetro. \n Além das imagens e do relatório, o episódio gerou três telefonemas para o\n Ciodes (Centro Integrado Operacional de Defesa Social). As ligações \n foram gravadas e reproduzidas em reportagem do jornal do Espírito Santo.\n \n Em uma delas, um dos PMs que participava da blitz pede instruções de \n como proceder ao oficial de plantão. Após explicar o que sucedera, ele é\n orientado a aconselhar-se com o comando do Batalhão de Trânsito. \n Em outra gravação, feita minutos depois da primeira, outro PM pede à \n atendente do Ciodes que registre uma ocorrência. Ele narra o episódio \n sem mencionar o fato de que o tenente-coronel apresentou sua \n identificação policial. \n Na terceira ligação, este mesmo PM pede para outra atendente que cancele\n a ocorrência que acabara de registrar e explica que recebera ordem do \n major Cleber Bongestad, subcomandante do Batalhão de Trânsito. \n Em sua defesa, o tenente-coronel Dirceu alegou que sofreu uma abordagem \n indevida, já que, para ele, apenas um oficial de patente igual ou \n superior à sua poderia ordenar-lhe a exibição dos papéis. Ele move \n processo contra o sargento que o abordou na blitz.