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Geral
25/10/2012 09:00:00
Embrapa destaca a expansão do setor sucroenergético em MS
Domínio tecnológico, atenção ao mercado e vantagem competitiva são os três fatores que o pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo, Frederico O. Machado Durães, destaca para quem atua no setor sucroenergético nacional.

Midiamax/LD

\n \n Domínio tecnológico, atenção ao mercado e vantagem competitiva são\n os três fatores que o pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo, Frederico O.\n Machado Durães, destaca para quem atua no setor sucroenergético nacional. Para\n colaborar com a expansão do setor no Brasil, de forma sustentável, a Embrapa\n criou, em 2011, o portfólio "Inovações para o Setor Sucroenergético",\n do qual Durães é gestor. O objetivo é fortalecer os programas de pesquisa da\n Empresa em bionergia e biomassa, após mapeamento das principais demandas do\n setor, a fim de trazer soluções tecnológicas que tragam vantagem competitiva no\n mercado. \n \n "A Embrapa é uma Empresa consolidada e possui uma malha de\n dados de pesquisa e um grupo técnico bastante forte. Uma empresa nacional desse\n porte, com 47 Unidades, precisa organizar sua agenda para mercados\n competitivos. Por isso a importância da criação de portifólios que envolvam e\n integrem Unidades atuantes em pesquisas. Em meio a mercados competitivos\n agroindustriais e sucroenergéticos, é preciso compreender como está o mercado\n atual e como será o cenário futuro, formando uma Agenda Institucional para\n enxergar o problema e encontrar soluções tecnológicas", diz. \n \n Segundo Durães, a organização da Agenda segue três grandes\n direções: sistemas produtivos, que envolvem genética, práticas agrícolas e\n arranjos de plantas; requisitos de novos processos industriais de primeira e\n segunda geração, que alimentam as rotas tecnológicas; e estudos transversais de\n curso ambiental, como economia de água, ordenamento territorial e economia de\n carbono, para a sustentabilidade ampla no sistema. \n \n Expansão em MS\n \n "Existem dados, do ponto de vista do marco regulatório legal,\n que apontam a expansão do setor sucroenergético no Centro-Oeste em até vinte\n vezes para os próximos 15 anos", afirma Durães. E isso inclui Mato Grosso\n do Sul, Estado que priorizou há cerca de dez anos esse setor, e já contabiliza\n 22 usinas de cana-de-açúcar, 14 delas localizadas a menos de 100 km de\n Dourados. "Além dessa expansão quantitativa, temos que avaliar as\n qualidades dos trabalhos para que se possa atingir altos níveis de\n produtividade. O foco é utilizar algumas das cultivares existentes, já com alguma\n característica de adaptação regional, e, de certa forma, demandar cultivares\n dos programas de pesquisa que tenham adaptações mais amplas e com níveis de\n produtividades maiores", avalia. \n \n Em Dourados, a Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados, MS), Unidade\n da Embrapa vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento\n (Mapa), tem trabalhado com pesquisas que seguem o novo ciclo de desenvolvimento\n da cana-de-açúcar, principalmente no Brasil Central, em que não se realiza mais\n a queima da palhada e a cana é colhida crua. "Isso muda significativamente\n as demandas por tecnologias", diz o pesquisador e chefe adjunto de\n Pesquisa amp; Desenvolvimento da Unidade de Pesquisa, Guilherme Lafourcade\n Asmus. \n \n O chefe adjunto de Pamp;D cita algumas atividades em andamento sobre\n o tema, como o estudo da quantidade ideal de palha a ser mantida na superfície;\n da adaptação de cultivares às condições de MS (cultivares, solo e clima, efeito\n da temperatura na rebrota, análise econômica e remoção de palha); do impacto da\n retirada total e parcial da palha (dinâmica de carbono e nitrogênio, mitigação\n dos gases de efeito estufa e biomassa e atividades microbianas); das opções\n para reforma do canavial mais interessantes (amendoim, crotalária, girassol,\n soja...); do manejo de pragas; e do comportamento ambiental de agrotóxicos. \n \n Para Durães, o esforço de instituições, como a Embrapa, em adotar\n boas práticas agrícolas para se obter produtividade de forma sustentável é\n essencial para o desenvolvimento do setor. "Acredito que dará folêgo para\n a expansão da cana e do setor sulcroalcooleiro em MS." \n \n Evento - No dia 23 de outubro, Frederico O. Machado Durães\n participou do Painel "Competitividade: O mercado interno para o setor\n sucroenergético e as relações intra-setoriais", juntamente com o diretor\n comercial do CTC, Osmar Figueiredo Filho, durante o 6º Canasul, em Dourados. O\n painel foi mediado por Guilherme Lafourcade Asmus. \n \n \n \n \n