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Geral
26/07/2013 11:32:55
Enfartado, idoso passa quatro dias em corredor do HU
A denúncia do descaso com a saúde do aposentado foi feita pela cunhada, Sandra Mendonça, de 41 anos.

CGNews/AB

\n Não receber tratamento médico após um enfarto, esperar uma semana para uma transferência para um hospital da Capital e ficar quatro dias internado no corredor do Hospital Universitário foi a rotina vivida nos últimos 13 dias pelo idoso Salviano de Souza, de 71 anos, que mora em Três Lagoas. A denúncia do descaso com a saúde do aposentado foi feita pela cunhada, Sandra Mendonça, de 41 anos. A profissional de relações públicas conta que o idoso mora em uma fazenda no interior e sentiu dores no peito no dia 14 de julho. Salviano procurou atendimento em um hospital de Três Lagoas e após uma consulta foi liberado para voltar para casa. Dois dias depois, as dores persistiram e a família resolveu levá-lo a uma clínica particular da cidade. No consultório, o diagnóstico saiu em poucos minutos. O idoso estava infartado há três dias e precisava ser internado com urgência. Sem condições para continuar o tratamento na rede privada, Sandra conta que o cunhado precisou ser transferido para um hospital público da cidade onde foi internado. “Ele ficou uma semana esperando uma vaga para ser internado em Campo Grande. Os médicos diziam que era urgente, mas a Central de Vagas só nos repassava que não tinha vaga em nenhum hospital da capital”, explica a cunhada. Após uma semana de espera, a vaga para transferência em um hospital com maiores recursos apareceu no último domingo (21). Salviano foi trazido para o Hospital Universitário da Capital em uma ambulância da Secretaria de Saúde de Três Lagoas. Em um hospital da Capital, a expectativa da família era que Salviano conseguisse passar pelos procedimentos necessários o mais rápido possível. “Quando chegamos aqui não tinha nenhuma maca e ele ficou na da ambulância. Ele precisou ficar no corredor que estava lotado durante quatro dias”, conta Sandra. Com fortes dores, o idoso passou por um cateterismo para desobstruir uma das três veias do coração que estavam estúpidas. Após o procedimento, Salviano voltou para o corredor, já que não havia vagas em enfermarias e quartos do HU. Na última quarta-feira (24), enfim, surgiu uma vaga e o aposentado pôde sair do corredor e ficar internado em um quarto. “A gente se sente impotente com isso tudo, não podemos fazer nada. A culpa não é dos enfermeiros ou médicos e sim do sistema público de saúde que está abandonado”, desabafa a cunhada. À espera de uma solução há 13 dias, Salviano ainda precisa esperar para ter a saúde restabelecida. Após esperar vaga para transferência de Três Lagoas para Campo Grande e do corredor para o quarto, a espera agora é pela vaga no centro cirúrgico, já que o idoso precisa de uma cirurgia no coração para desobstruir outras veias que continuam entupidas. \n \n