Geral
13/04/2013 07:59:28
Explosão solar pode afetar a Terra e causar tempestade geomagnética
Na última quinta-feira (11), a agência espacial americana, Nasa, captou explosões na coroa solar que emitiram no espaço jatos com bilhões de partículas que partiram em direção à Terra
G1/AB
\n \n Erupções\n ocorridas no Sol nesta semana, consideradas as mais intensas deste ano, podem\n provocar até o fim da manhã deste sábado (13) uma tempestade geomagnética na\n Terra, que, dependendo da intensidade, pode afetar sistemas de telecomunicações\n do planeta e a rede de distribuição de energia elétrica, segundo cientistas.\n \n Na última\n quinta-feira (11), a agência espacial americana, Nasa, captou explosões na\n coroa solar que emitiram no espaço jatos com bilhões de partículas que partiram\n em direção à Terra. Imagens feitas por equipamentos da agência captaram as\n explosões. Segundo a Nasa, o aumento no número de explosões solares é esperado\n para este período, em que o Sol está chegando próximo do pico de seu ciclo de\n atividade, que dura 11 anos.\n \n De acordo com o\n pesquisador brasileiro José Roberto Cecatto, da divisão de astrofísica do\n Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de São José dos Campos (SP),\n essa massa liberada pelo Sol viaja a uma velocidade de mil quilômetros por hora\n e deve chegar à Terra nesta manhã.\n \n No entanto, ainda\n não há como saber se ela provocará uma tempestade geomagnética e, caso isto\n ocorra, se terá tamanha intensidade a ponto de afetar equipamentos terrestres\n ou apenas provocará fenômenos como as auroras boreal e austral, um "show\n natural" de luzes coloridas que podem ser acompanhadas em regiões próximas\n aos polos Sul e Norte.\n \n A tempestade\n pode ser de dois tipos. Se a nuvem geomagnética estiver na mesma direção do\n campo magnético da Terra, os efeitos serão mais brandos e podem provocar apenas\n auroras. No entanto, se a nuvem de massa solar vier na direção oposta ao campo\n magnético terrestre, aí ocorrem tempestades geomagnéticas, explicou Cecatto.\n \n O fenômeno é\n medido em uma escala que vai de G1 a G5 em que G5 é o nível mais forte. Ele não tem impacto\n direto sobre as pessoas nem sobre a natureza, mas pode afetar o funcionamento\n de satélites, GPS e redes de energia.\n \n Além disso, a\n interferência causada pela radiação solar pode fazer com que algumas companhias\n desviem rotas de voos próximos aos polos.\n \n Essa nuvem não é\n uma das maiores já registradas, mas também não pode ser desprezada. Ela deve\n gerar alguns efeitos moderados no Brasil, como algumas perturbações na rede de\n distribuição de energia elétrica, de moderada intensidade. Os efeitos mais\n significativos podem ocorrer nas altas latitudes, explica o pesquisador.\n \n Os equipamentos\n do Programa de Estudo e Monitoramento Brasileiro do Clima Espacial, ligado ao\n Inpe, que estão instalados na cidade do interior paulista deverão acompanhar o\n fenômeno neste sábado.