Sheila Forato
Indignado e a palavra que define o estado em que o oficial de Justiça, Roberto Carlos Mota Evangelista, de 58 anos, estava na manhã desta quarta-feira (20), com o que classificou de péssimo atendimento no Hospital da Cassems de Coxim.
Ele conta que na noite anterior, por volta das 22 horas, levou a esposa, Lígia Beatriz Machado de Sena de Amorim, de 33 anos, com sintomas de Covid-19 (Coronavírus) ao pronto atendimento. Ela passou por consulta e foi informada que naquele horário não tinha como fazer o exame, que voltasse hoje, a partir das 6 horas.
O casal foi compreensivo, aceitou e voltou para a residência. Para surpresa de Roberto e Lígia, quando chegaram ao hospital, por volta das 6h40, o exame ainda não tinha sido autorizado. “Fiquei indignado. Pago a Cassems há quase 30 anos e quando preciso não consigo fazer um exame de valor irrisório?”, questionou o funcionário do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).
Para conseguir fazer o teste da Covid-19, Lígia recorreu a Unidade Básica de Saúde do bairro Flávio Garcia e em menos de cinco minutos foi atendida pela equipe do SUS (Sistema Único de Saúde). “Aí eu pergunto, compensa pagar um plano de saúde caro?”, indaga o oficial de Justiça.
Segundo Roberto, não é a primeira vez que ele tem problemas com o atendimento do Hospital da Cassems em Coxim. Há poucos meses passaram por perrengue semelhante para conseguir atendimento adequado à enteada. Outro problema foi quando sofreu derrame num dos olhos, que para operar teve de desembolsar R$ 7 mil.
Nossa reportagem vai tentar contato com a assessoria de imprensa da Cassems. Caso eles retornem, a versão vai ser incluída na reportagem.