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Geral
14/10/2013 09:00:00
Governo pode importar ainda mais médicos
Mesmo com médicos estrangeiros recebendo sem trabalhar, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, já pensa em realizar um novo contrato para recrutamento de profissionais importados para o Mais Médicos.

Uol/AB

Mesmo\n com médicos estrangeiros recebendo sem trabalhar, o ministro da Saúde, \n Alexandre Padilha, já pensa em realizar um novo contrato para \n recrutamento de profissionais importados para o Mais Médicos. \n Antes de o acordo de R$ 511 milhões com a Organização Pan-Americana de \n Saúde (Opas), que previu o recrutamento de 4 mil profissionais ser \n concluído, e tendo boa parte dos 400 primeiros profissionais ganhando \n atualmente sem trabalhar, Padilha já planeja ampliar os convênios para \n poder atender à demanda das prefeituras. Todas as estratégias serão \n adotadas para que os 16 mil profissionais requisitados pelos municípios \n inscritos no Mais Médicos sejam atendidos até meados de 2014. E não está\n descartado um novo convênio com a Opas. \n Até agora, do minguado número de profissionais participantes do \n programa, a maior parte foi recrutada no convênio com a Opas. Estão no \n País 2,4 mil cubanos - 2 mil em treinamento. Outros 400 chegaram em \n agosto, já foram treinados mas apenas uma pequena parcela atua - um \n atraso provocado em parte pela resistência dos Conselhos Regionais de \n Medicina em conceder o registro profissional aos estrangeiros e também \n pela demora do governo no envio dos documentos necessários para que tal \n licença fosse expedida. \n Justamente por isso, a aprovação do Mais Médicos na Câmara semana \n passada foi considerada como um novo início pelo ministro. Um empurrão \n para um programa que até agora andava aos solavancos: com gastos, muita \n polêmica, boa aceitação popular, mas pouco resultado prático. Algo que \n precisava ser mudado, sobretudo pelo fato de ele ser considerado como a \n principal bandeira para campanha de reeleição da presidente Dilma \n Rousseff e para a candidatura do ministro da Saúde ao governo paulista. \n Balanço\n Diante dos números acanhados de atendimento apresentados até agora, o \n ministro desconversa. “O programa está no começo. O primeiro passo já \n foi dado, que é a segurança jurídica da iniciativa e, em breve, o marco \n legal”, disse ao Estado. Ele afirmou não ter dúvida de que, até o fim do\n primeiro semestre do próximo ano, a demanda de médicos das 4 mil \n cidades inscritas no programa será atendida. \n Com a aprovação na Câmara, o problema do atraso do trabalho dos \n estrangeiros é visto como algo do passado. Graças a um acordo feito no \n Congresso, o governo dá como certa a aprovação no Senado nesta semana. \n A ideia do ministério da Saúde é apressar a entrada em vigor da lei e, \n com ela, uma regra que passou a valer bastante neste início tumultuado \n do programa: o direito de registrar por conta própria os profissionais, \n atividade até hoje desempenhada pelos conselhos. \n Pelas contas do governo, serão gastos até fevereiro pelo menos R$ 526 \n milhões - a maior fatia para pagamento de médicos cubanos recrutados \n pela Organização Pan-Americana de Saúde. Hoje, são 577 brasileiros e 443\n estrangeiros. Dos 680 profissionais estrangeiros inscritos no programa,\n pelo menos metade não havia recebido a autorização até o início da \n semana. Na última quinta-feira, 10, a situação havia melhorado, mas \n ainda estava longe de ser ideal: faltavam 237 autorizações. Na \n quarta-feira, 16, o atraso para o início das atividades de todos os \n estrangeiros completa um mês.