\n \n O\n governo do Estado procura clínicas em Mato Grosso do Sul e em outros Estados\n para cumprir a decisão judicial que determinou internação compulsória de\n Dionathan Celestrino, de 21 anos, o Maníaco da Cruz. Ele foi localizado ontem\n na cidade paraguaia de Horqueta.\n \n “Tem\n uma interdição judicial e determinação de internação compulsória para\n tratamento médico”, afirma o superintendente da Assistência Socioeducativa,\n Hilton Vilassanti. O destino do maníaco deve ser definido nesta terça-feira, em\n reunião na Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública).\n \n O\n impasse sobre a situação de Dionathan Celestrino se arrasta desde outubro de\n 2011, quando venceu o prazo legal de permanência na Unei (Unidade Educacional\n de Internação) de Ponta Porã, fronteira com o Paraguai.\n \n Conforme\n o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), a punição máxima é internação de\n três anos. O maníaco foi para a Unei aos 16 anos por mortes em série, sempre\n deixando os corpos das vítimas em formato de cruz.\n \n Em\n março deste ano, o rapaz fugiu da Unei e o pânico se espalhou além das divisas\n e fronteira de Mato Grosso do Sul. Pessoas relataram ter avistado o maníaco em\n bairros de Campo Grande, na região Oeste do Paraná, em Mato Grosso. Também\n circulou boato de que o jovem teria sido morto no Paraguai.\n \n Ele\n foi localizado pela polícia paraguaia e aparentava levar uma vida normal do\n outro lado da fronteira. Dionathan Celestrino estudava e trabalhava. Ele estava\n ilegal por não ter o documento conhecido como “permisó”.\n \n “Foi\n um trabalho de inteligência da polícia paraguaia. Nós fornecemos todas as\n informações e fotos”, relata Vilassanti. De acordo com o superintendente, entre\n os Estados consultados para receber o jovem estão São Paulo e Minas Gerais.\n \n Já\n sobre a fuga da Unei, Vilassanti afirma que a sindicância ainda não foi concluída.\n O maníaco foi entregue ontem à polícia brasileira. Ele está na primeira\n delegacia de Ponta Porã, detido em uma sala.\n \n Assassino em série - O primeiro a\n morrer foi o pedreiro Catalino Gardena, que era alcoólatra. O crime foi em 2 de\n julho de 2008. A segunda vítima foi a frentista homossexual Letícia Neves de\n Oliveira, encontrada morta em um túmulo de cemitério, no dia 24 de agosto.\n \n A\n terceira e última vítima foi Gleice Kelly da Silva, de 13 anos, encontrada\n morta seminua em uma obra, no dia 3 de outubro. Dionathan foi apreendido no dia\n 9 de outubro, seis dias após o último assassinato.\n \n \n \n \n