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Geral
13/05/2013 09:00:00
Grandes varejistas aderem a plano de segurança para fábricas de Bangladesh
Quatro das maiores varejistas de roupas do mundo concordaram nesta segunda-feira em assinar um pacto para melhorar a segurança em fábricas de roupas em Bangladesh.

Agência Estado/LD

\n \n Quatro das maiores varejistas de roupas do mundo concordaram nesta\n segunda-feira em assinar um pacto para melhorar a segurança em fábricas de\n roupas em Bangladesh. Também hoje foram encerradas as buscas por corpos no\n local do pior acidente da indústria de confecções em todo o mundo. O número\n oficial de mortos do desabamento do Rana Plaza, ocorrido em 24 de abril, ficou\n em 1.127. \n \n Hamp;M, Camp;A, Primark and Inditex, proprietária da rede Zara,\n informaram que assinarão um contrato que exige que as empresas realizem\n inspeções de segurança independentes, publiquem relatórios sobre as condições\n das fábricas e cubram os custos de reparos nas fábricas. O documento também\n exige que elas parem de fazer negócio com qualquer fábrica que se recuse a\n fazer as melhorias necessárias. \n \n As empresas entram para o grupo de varejistas que concordaram em\n assinar o acordo no ano passado: a PVH, que fabrica roupas com as marcas Calvin\n Klein, Tommy Hilfiger e Izod e a alemã Tchibo. As varejistas aceitaram o plano\n de segurança predial e contra incêndio, que tem força de lei e foi elaborado\n por grupos trabalhistas internacionais e de Bangladesh. \n \n Outras marcas, porém, ainda se recusam a aderir ao projeto sob os\n argumentos de que ele possui força de lei e é "caro".\n \n A Primark é uma das poucas varejistas a terem reconhecido que suas\n roupas eram produzidas em fábricas que funcionavam no Rana Plaza, quando o\n edifício desabou. \n \n O governo de Bangladesh também concordou nesta segunda-feira em\n permitir que os trabalhadores de confecções formem sindicatos sem a permissão\n dos donos das fábricas. A decisão foi tomada um dia depois do anúncio de um\n plano para elevar o salário mínimo dos trabalhadores dessas empresas. As duas\n medidas são vistas como uma resposta direta ao desabamento do prédio de oito\n andares, que abrigava cinco confecções. \n \n A organização Clean Clothes Campaign, que busca melhores condições\n de trabalho na indústria de confecção, elogiou a decisão da Hamp;M, afirmando\n que ela vai pressionar outras empresas a aderirem ao plano. \n \n As condições de trabalho na indústria de confecção de Bangladesh\n são horríveis, resultado da corrupção no governo, do desespero dos\n trabalhadores para conseguir um trabalho e da indiferença da indústria. O\n salário mínimo dos trabalhadores das fábricas de roupas equivale a cerca de US$\n 38 por mês e está entre os mais baixos do mundo. \n \n Mohammed Amir Hossain Mazumder, vice-diretor do serviço de\n bombeiros e da defesa civil, disse à Associated Press que as buscas por corpos\n do desabamento de 24 de abril foram encerradas às 18h de hoje (horário local).\n "Agora, o local será entregue à proteção da polícia. Não haverá mais\n atividades dos bombeiros ou do Exército." \n \n Escavadeiras e outros veículos foram retirados da área, que será\n isolada, e bandeiras vermelhas foram erguidas no perímetro para impedir a\n entrada de pessoas. \n \n O último corpo foi encontrado na noite de domingo. Uma cerimônia\n religiosa especial será realizada amanhã em homenagem aos mortos, disse o\n general de brigada do Exército Mohammad Siddiqul Alam Shikder. As informações\n são da Associated Press. \n \n \n \n \n