Um caso diagnosticado como gravidez psicológica (pseudociese) surpreendeu os\n médicos no Hospital da Mulher em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio, na\n sexta-feira (13). A paciente chegou a ser encaminhada para a sala de cirurgia.\n Quando os médicos abriram o ventre da mulher para a realização da cesariana\n descobriram que o útero estava vazio.\n \n A paciente, de 37 anos, deu entrada na unidade hospitalar dizendo estar em\n trabalho de parto. Ao chegar, ela apresentou um comprovante de pré-natal. No\n documento, constava que o bebê estaria com 41 semanas, ou seja, no limite para\n nascer. Segundo a direção do Hospital da Mulher, ao examinar a paciente com um\n estetoscópio e não ouvir o batimento cardíaco da criança, o médico responsável\n pelo plantão, que também não teve o nome divulgado, a encaminhou diretamente\n para a sala de cirurgia.\n \n "Ela já estava com o pré-natal feito e indicando que estava no limite\n para a realização do parto, já passando da hora. Como os médicos não ouviram o\n batimento fetal, resolveram que não daria tempo de pedir uma ultrassonografia.\n O neném poderia entrar em sofrimento. Feita a cirurgia foi grande a surpresa de\n não encontrar o feto", disse a diretora do hospital, Rosalice Almeida.\n \n Ao saber da notícia, o marido da paciente, de 23 anos, contou à equipe\n médica que este seria o segundo episódio parecido com a esposa. Segundo ele, no\n ano passado, a mulher teria engravidado e, após ser internada no Hospital de Rio\n das Ostras, disse ter perdido a criança, sem, no entanto, apresentar a ele\n qualquer documento ou atestado de óbito.\n \n A direção do Hospital da Mulher informou que esse foi o segundo caso\n semelhante ocorrido este ano na unidade. "No outro caso, a mulher\n falsificou o cartão de pré-natal e o ultrassom, colocando o nome dela no exame\n de outra mulher, mas a fraude foi descoberta a tempo. Desta vez, também há\n rasuras no cartão de pré-natal, mas tudo isso ainda está sendo\n investigado", afirmou Rosalice. Ela informou que a paciente deve ser encaminhada\n para tratamento psiquiátrico no município.