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19/12/2013 09:00:00
Idosa chega com dor de cabeça na Santa Casa, entra em coma e família suspeita de negligência
Maria Zeni da Silva de 63 anos, deu entrada na Santa Casa de Campo Grande no último dia 15 de novembro com fortes dores de cabeça, hoje, um mês depois ela encontra-se em coma profundo no Centro de Terapia Intenso (CTI) do hospital.

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Foto: Midiamax
Maria Zeni da Silva de 63 anos, deu entrada na Santa Casa de Campo\n Grande no último dia 15 de novembro com fortes dores de cabeça, hoje, um mês depois\n ela encontra-se em coma profundo no Centro de Terapia Intenso (CTI) do\n hospital. A família disse à reportagem que fará nesta quinta-feira (18), um\n boletim de ocorrência relatando que aposentada foi vítima de negligência\n médica. \n \n O eletricista José Silva Roberto Filho, 42 e a secretária Sandra\n Silva Sousa, 38, filhos de Maria, dizem que no dia 15 de novembro, a mãe sentiu\n fortes dores de cabeça, foi levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA ),\n Coronel Antonino e dali encaminhada a Santa Casa. \n \n No hospital, segundo familiares, Maria Zeni foi submetida a um\n exame de tomografia, que apontou que aposentada tinha dois tumores no cérebro.\n Do dia 15 de novembro, até a última sexta-feira (13), a idosa fez vários outros\n exames e, inclusive outra tomografia, que mostrou que Maria estava então com\n quatro tumores. \n \n “A médica (neurocirurgiã), disse que faltava um exame de\n mamografia para que ela fosse operada”, conta Sandra. De acordo com os filhos,\n a mãe era tratada apenas a base de dipirona e soro. “Minha mãe entrou normal,\n conversando”, lembra José. \n \n Na última sexta-feira (13), às 15h50, a um dos tumores do cérebro\n de Maria Zeni rompeu e ela então entra em coma profundo. “Ela começou a torcer\n a boca e enrolar a língua e vomitou”, lembra Sandra. \n \n De acordo com José, por falta de médicos a mãe foi atendida\n somente às 19h30, e às 20h30, foi feito uma drenagem, porém a família afirma\n que a posição do hospital foi que foi feito uma cirurgia para a retirada dos\n nódulos. “Os médicos falaram no dia que foi feita só a drenagem e uma biópsia\n para ver se os tumores eram malignos ou benignos”, diz José. \n \n Devido à falta de médico, um cirurgião plástico foi quem teria\n autorizado a paciente para ser transferido ao CTI. “Ele [médico], chegou a\n dizer que estava colocando a profissão dele em risco fazendo aquilo”, disse\n Sandra sobre a transferência feita por um médico fora da especialidade. \n \n “Ele a examinou, só que não tinha nem lanterna para olhar os olhos\n da minha mãe, tiveram que pedir um celular”, lembra Sandra. \n \n Desde então, a família pede para que seja trocado a médica\n neurocirurgiã responsável. “Tem um médico que disse que assume o caso, só que a\n médica tem que deixar e ela não que deixar de atendê-la”, diz o filho da\n aposentada. \n \n Ainda de acordo com Sandra e seu irmão, por conta do pedido da\n mudança de neurocirurgião, a médica responsável teria marcado com a família na\n tarde desta quarta-feira (18), na administração do hospital.\n \n “Fomos lá e ela não foi, descobrimos que estava atendendo no\n Prontomed, fomos lá tentar conversar com ela ai ela chamou a polícia, só que\n como ela fugiu, ninguém foi para a delegacia”, lembra o eletricista. “Só\n queremos que mude o médico, só isso”, finaliza.nbsp;\n \n A assessoria da Santa Casa informou que a partir de hoje outro\n médico neurocirugião atenderá a paciente conforme a solicitação da família. O\n hospital também ressaltou que em nenhum momento ela deixou de ser atendida,\n pois na CTI tem uma equipe médica 24 horas para atendê-la. \n \n Com relação a denúncia de negligência médica a assessoria explica\n que se a família se sentiu prejudicada que procure seus direitos para que seja\n investigado o caso.