VERSÃO DE IMPRESSÃO
Geral
06/03/2018 07:45:00
Índios liberam meia pista, mas sem previsão para fim do protesto
Rodovia está bloqueada desde o início desta terça-feira (6) o Km 496 da BR-163, saída para Coxim, em Campo Grande

CGNews/PCS

Os índios colocaram paus, galhos de árvores e atearam fogo em pneus na pista (Foto: Liniker Ribeiro)

Sem previsão para fim do protesto que pede por melhorias na saúde, o grupo de índios que bloqueia desde o início desta terça-feira (6) o Km 496 da BR-163, saída para Coxim, em Campo Grande, liberou meia pista por cinco minutos.

O congestionamento chegava a 4 km de cada lado. Apenas ambulâncias eram liberadas. Os índios colocaram paus, galhos de árvores e atearam fogo em pneus na pista, bloqueando os dois sentidos da via. O movimento acontece também nos municípios de Amambai, Tacuru e Caarapó.

Conforme Marcelo Ofaye, uma das lideranças indígenas, o grupo pede o cancelamento do chamamento público sobre a saúde indígena. Ele explica que o Governo Federal abriu edital para contratar ONG, que vai administrar o recrutamento de profissionais em postos de saúde de aldeias indígenas. “O governo quer colocar uma ONG para administrar a saúde como bem entender, arrancando uma parceria que já temos desde a década de 90”, diz a liderança.

Atualmente, a Missão Evangélica Caiuá, que fica em Dourados, atende 19 distritos. Os outros são atendidos pela SPDM (Associação Paulista para Desenvolvimento da Medicina), que atua na região norte, e IMIP (Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira), que atua no Nordeste. Os índios querem a prorrogação do convênio com as três instituições terceirizadas que cuidam da contratação dos funcionários em 34 distritos sanitários do país.

O grupo acusa o governo de criar barreiras para a Missão Evangélica continuar prestando serviço para beneficiar uma ONG de Minas Gerais.