Geral
05/07/2013 10:46:19
Inflação oficial ultrapassa teto do governo e sacrifica ainda mais o bolso dos brasileiros
O cálculo da inflação acumulada considera o resultado dos últimos 12 meses, nos quais a trajetória de alta mensal foi preponderante. Esta tendência, no entanto, já começou a ser revertida de janeiro a fevereiro, teve nova alta em abril e voltou a cair em maio.
R7/LD
\n \n Com o aumento\n das tarifas do transporte público, a inflação oficial do País,\n medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), ultrapassou o teto do\n governo ao atingir 6,70% nos últimos 12 meses. Os dados foram divulgados nesta\n sexta-feira (5) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
\n
\n O governo federal, porém, diz quenbsp;o reajuste dos preçosnbsp;está sob\n controle.
\n
\n Para controlar a inflação e os impactos na economia brasileira, o governo\n estabelece um centro da meta, que é de 4,5%. Chama-se centro porque há uma\n margem de segurança, que permite ao índice ficar dois pontos percentuais\n acima ou dois abaixo. Dessa forma, o índice ainda estará sob controle se\n ficar entre 2,5% e 6,5%.
\n
\n O cálculo da inflação acumulada considera o resultado dos últimos 12 meses, nos\n quais a trajetória de alta mensal foi preponderante. Esta tendência, no\n entanto, já começou a ser revertida de janeiro a fevereiro, teve nova alta em\n abril e voltou a cair em maio.nbsp;
\n
\n No comparativo com maio, o IPCA de junho subiu em ritmo menor, de 0,37%\n para 0,26%. Mesmo com o preocupante número da inflação acumulada, a inflação\n mensal de junho foi a mais baixa do ano. Por conta dessa desaceleração, o\n governo federal acredita que a inflação anualizada chegará aos 4,5%nbsp;\n exatamente o centro da meta.
\n
\n Porém, não é o que acredita o Banco Central, que divulgou que o\n IPCA deverá encerrar o ano a 6%.nbsp;
\n
\n Como ela afeta seu bolso
\n
\n Mesmo com a queda no preço da gasolina (de 0,52% para 0,93%)nbsp;e do álcool\n (de 1,97% para 5,33%), o grupo transportes exerceu forte pressãonbsp;sobre o\n resultado de junho.nbsp;As tarifas dos ônibus urbanos lideraram os impactos,\n com 0,07 ponto percentual, tendo alta de 2,61%, ao passo que em maio haviam\n caído 0,02%.
\n
\n Com desacelerações e quedas, alimentos (de 0,31% em maio para 0,04% em junho),\n remédios (de 1,61% para zero) e combustíveis (de 0,75% para 1,67%) tiveram\n forte influêncianbsp;no IPCA de junho. No grupo alimentação e bebidas, vários\n produtos passaram a custar menos de um mês para o outro.
\n
\n No grupo saúde e cuidados pessoais, que saiu de 0,94% em maio para 0,36% em\n junho, o preço dos remédios se estabilizou após uma alta expressiva em\n maio.nbsp;
\n
\n Itens importantes no orçamento das famílias subiram em ritmo menor de um mês\n para o outro, como é o casonbsp;dos empregados domésticos (de 0,76% para\n 0,50%), da mão-de-obra para pequenos reparos (de 1,94% para 0,35%) e dos\n artigos de limpeza (de 0,83% para 0,12%). Roupas e calçados passaram de 0,84%\n para 0,50%, enquanto os eletrodomésticos, que haviam subido 0,49% em maio,\n chegaram a apresentar queda de 0,56% em junho.
\n
\n Meta do governo
\n
\n Em 2014 e 2015, o centro da meta da inflação continuará sendo de 4,5%, de\n acordo com decisão do CMN (Conselho Monetário Nacional). Esse será o 11º ano\n consecutivonbsp;que o governo terá de perseguir esse percentual,nbsp; e ele\n tem sido atingido, considerando o intervalo de dois pontos percentuais.nbsp;
\n
\n Em 2006 e 2009, a inflação ficou abaixo do centro da meta, encerrando o ano em\n 3,1% e 4,3%, respectivamente. Em 2007, o índice ficou exatamente em 4,5%. Nos\n demais anos, ficou acima do centro da meta, mas dentro do intervalo. Em 2011, a\n inflação encerrou no patamar mais alto desse período, atingindo o teto de 6,5%.\n Em 2013, a inflação ameaça estourar o limite da meta, conforme estimativa do\n Banco Central.nbsp;
\n
\n Inflação por região
\n
\n A inflação mais alta foi registrada nonbsp;Rio de Janeiro (0,65%), onde os\n alimentos consumidos fora de casa aumentaram 1,64%. Houve pressão também do\n reajuste da tarifanbsp;dos ônibus urbanos (5,09%).
\n nbsp;
\n Já os menores índices foram os de Belém (-0,07%) e de Curitiba (-0,01%). Em\n Belém, os preços dos alimentos caíram 0,61%, com impacto de -0,21 ponto\n percentual no índice da região. Já em Curitiba foram os combustíveis, que, com\n queda de 6,49%, exerceram impacto de -0,37 ponto percentual.
\n
\n Medidas de combate
\n
\n Questionada sobre o impacto do aumento, no começo do ano, da gasolina e do\n diesel sobre a inflação, a presidente Dilma Rousseff disse que ele foi\n compensado pela redução das tarifas de energia.
\n
\n As tarifas de transporte, reajustadas em junho, provocaram uma série de protestos\n da população, o que culminou no cancelamento dos\n reajustes em diversas cidades brasileiras. Com isso, o IPCA de\n julho deverá ter uma alta ainda menor que a de junho.
\n
\n Para combater a inflação, o governo tem apostado no aumento da taxa básica de\n juros, a Selic, atualmente a 8%. No dia 10 de julho, o Copom (Comitê de\n Política Monetária) irá reajustar novamente a taxa, e tudo indica que ela será\n aumentada mais uma vez.nbsp;nbsp;
\n
\n A estabilidade da Selic é a aposta do governo para garantir que a inflação\n alcance os 4,5% do centro da meta, já que a taxa básica de juros é um\n instrumento do governo para segurar a oferta de crédito de bancos, financeiras\n e das próprias lojas, ou seja, para estimular ou frear o consumo e, assim,\n controlar o avanço natural dos preços.\n \n \n \n \n
\n
\n O governo federal, porém, diz quenbsp;o reajuste dos preçosnbsp;está sob\n controle.
\n
\n Para controlar a inflação e os impactos na economia brasileira, o governo\n estabelece um centro da meta, que é de 4,5%. Chama-se centro porque há uma\n margem de segurança, que permite ao índice ficar dois pontos percentuais\n acima ou dois abaixo. Dessa forma, o índice ainda estará sob controle se\n ficar entre 2,5% e 6,5%.
\n
\n O cálculo da inflação acumulada considera o resultado dos últimos 12 meses, nos\n quais a trajetória de alta mensal foi preponderante. Esta tendência, no\n entanto, já começou a ser revertida de janeiro a fevereiro, teve nova alta em\n abril e voltou a cair em maio.nbsp;
\n
\n No comparativo com maio, o IPCA de junho subiu em ritmo menor, de 0,37%\n para 0,26%. Mesmo com o preocupante número da inflação acumulada, a inflação\n mensal de junho foi a mais baixa do ano. Por conta dessa desaceleração, o\n governo federal acredita que a inflação anualizada chegará aos 4,5%nbsp;\n exatamente o centro da meta.
\n
\n Porém, não é o que acredita o Banco Central, que divulgou que o\n IPCA deverá encerrar o ano a 6%.nbsp;
\n
\n Como ela afeta seu bolso
\n
\n Mesmo com a queda no preço da gasolina (de 0,52% para 0,93%)nbsp;e do álcool\n (de 1,97% para 5,33%), o grupo transportes exerceu forte pressãonbsp;sobre o\n resultado de junho.nbsp;As tarifas dos ônibus urbanos lideraram os impactos,\n com 0,07 ponto percentual, tendo alta de 2,61%, ao passo que em maio haviam\n caído 0,02%.
\n
\n Com desacelerações e quedas, alimentos (de 0,31% em maio para 0,04% em junho),\n remédios (de 1,61% para zero) e combustíveis (de 0,75% para 1,67%) tiveram\n forte influêncianbsp;no IPCA de junho. No grupo alimentação e bebidas, vários\n produtos passaram a custar menos de um mês para o outro.
\n
\n No grupo saúde e cuidados pessoais, que saiu de 0,94% em maio para 0,36% em\n junho, o preço dos remédios se estabilizou após uma alta expressiva em\n maio.nbsp;
\n
\n Itens importantes no orçamento das famílias subiram em ritmo menor de um mês\n para o outro, como é o casonbsp;dos empregados domésticos (de 0,76% para\n 0,50%), da mão-de-obra para pequenos reparos (de 1,94% para 0,35%) e dos\n artigos de limpeza (de 0,83% para 0,12%). Roupas e calçados passaram de 0,84%\n para 0,50%, enquanto os eletrodomésticos, que haviam subido 0,49% em maio,\n chegaram a apresentar queda de 0,56% em junho.
\n
\n Meta do governo
\n
\n Em 2014 e 2015, o centro da meta da inflação continuará sendo de 4,5%, de\n acordo com decisão do CMN (Conselho Monetário Nacional). Esse será o 11º ano\n consecutivonbsp;que o governo terá de perseguir esse percentual,nbsp; e ele\n tem sido atingido, considerando o intervalo de dois pontos percentuais.nbsp;
\n
\n Em 2006 e 2009, a inflação ficou abaixo do centro da meta, encerrando o ano em\n 3,1% e 4,3%, respectivamente. Em 2007, o índice ficou exatamente em 4,5%. Nos\n demais anos, ficou acima do centro da meta, mas dentro do intervalo. Em 2011, a\n inflação encerrou no patamar mais alto desse período, atingindo o teto de 6,5%.\n Em 2013, a inflação ameaça estourar o limite da meta, conforme estimativa do\n Banco Central.nbsp;
\n
\n Inflação por região
\n
\n A inflação mais alta foi registrada nonbsp;Rio de Janeiro (0,65%), onde os\n alimentos consumidos fora de casa aumentaram 1,64%. Houve pressão também do\n reajuste da tarifanbsp;dos ônibus urbanos (5,09%).
\n nbsp;
\n Já os menores índices foram os de Belém (-0,07%) e de Curitiba (-0,01%). Em\n Belém, os preços dos alimentos caíram 0,61%, com impacto de -0,21 ponto\n percentual no índice da região. Já em Curitiba foram os combustíveis, que, com\n queda de 6,49%, exerceram impacto de -0,37 ponto percentual.
\n
\n Medidas de combate
\n
\n Questionada sobre o impacto do aumento, no começo do ano, da gasolina e do\n diesel sobre a inflação, a presidente Dilma Rousseff disse que ele foi\n compensado pela redução das tarifas de energia.
\n
\n As tarifas de transporte, reajustadas em junho, provocaram uma série de protestos\n da população, o que culminou no cancelamento dos\n reajustes em diversas cidades brasileiras. Com isso, o IPCA de\n julho deverá ter uma alta ainda menor que a de junho.
\n
\n Para combater a inflação, o governo tem apostado no aumento da taxa básica de\n juros, a Selic, atualmente a 8%. No dia 10 de julho, o Copom (Comitê de\n Política Monetária) irá reajustar novamente a taxa, e tudo indica que ela será\n aumentada mais uma vez.nbsp;nbsp;
\n
\n A estabilidade da Selic é a aposta do governo para garantir que a inflação\n alcance os 4,5% do centro da meta, já que a taxa básica de juros é um\n instrumento do governo para segurar a oferta de crédito de bancos, financeiras\n e das próprias lojas, ou seja, para estimular ou frear o consumo e, assim,\n controlar o avanço natural dos preços.\n \n \n \n \n