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O Ministério Público em Corumbá instaurou, desde o começo de julho, 17 inquéritos sobre incêndios criminosos no Pantanal e, quase dois meses depois, o promotor responsável pelos casos, Pedro Magalhães, ainda não recebeu os laudos periciais dos locais suspeitos.
Magalhães explica que os locais onde ocorrem os incêndios são de difícil acesso e, segundo resposta recebida por ele, os peritos não conseguiram transporte adequado para fazer a verificação no local ou pediram mais tempo para conclusão dos laudos.
“Isso é terrível porque, à medida que o tempo passa, os vestígios vão sumindo e vai ficando mais desafiador e difícil constatar se os focos de incêndio foram dolosos”. Para complicar ainda mais, novos focos de incêndio têm surgido no Pantanal em Mato Grosso do Sul. Isto quer dizer que, novos inquéritos serão abertos, mas sem previsão alguma de conclusão.
Incêndios no Pantanal
O fogo consome o bioma há três meses e já destruiu mais de 2,5 milhões de hectares, segundo dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LASA-UFRJ). Só em Corumbá, a área queimada é de mais de 1,2 milhões de hectares.
O Ministério Público identifica, por meio de satélites, os focos das chamas e, com isso, consegue identificar as propriedades rurais onde o fogo começou. A partir daí começa a investigação para descobrir se houve ou não incêndio criminoso.