Sheila Forato
O juiz da 1ª Vara de Coxim, Bruno Palhano Gonçalves, marcou audiência pública para o dia 8 de julho em busca de uma solução para o Hospital Regional Álvaro Fontoura, apontado pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) como um cabide de empregos.
São partes da audiência a Fesp (Fundação Estatal de Saúde do Pantanal), a Prefeitura e o MPMS. A Justiça vai convidar para a discussão, marcada para as 13 horas, no plenário do Tribunal do Júri, a Câmara Municipal, o Conselho de Saúde e o Sinsmc (Sindicato dos Servidores Municipais de Coxim).
A participação da população foi vetada em decorrência da pandemia de Coronavírus (Covid-19), porém, a intenção é transmitir pelas redes sociais para que os interessados possam acompanhar.
Na ação civil pública o MPMS cita dívida de aproximadamente R$ 10 milhões, cheques devolvidos, irregularidades no controle do almoxarifado e intempestividade na conciliação contábil, apontadas em auditoria de 2019.
O promotor do caso, Marcos André Sant´Ana Cardoso, também quer derrubar o decreto municipal que aumentou para R$ 14 mil o salário do diretor-geral da Fesp, Devanir Rodrigues Pereira Júnior. O caso foi denunciado pelo Edição MS. Confira:
Hospital Regional de Coxim dá aumento de 32% ao diretor, mas corta gratificações dos funcionários
O Hospital Regional Álvaro Fontoura entrou em funcionamento em março de 2010, com programação de concurso público em dois anos. Já se passaram 11 anos e não foi realizado nenhum certame, apesar da Prefeitura ter assinado até TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) para tanto. O promotor aponta o local como cabide de empregos para acomodar aliados de prefeitos, secretários e vereadores de Coxim.