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Após 1 ano e 10 meses da morte da pequena Sophia de Jesus Ocampo, morta com apenas 2 anos e 7 meses, a Justiça de Mato Grosso do Sul marcou pela segunda vez a audiência de julgamento do caso da pequena Sophia. Christian Campoçano Leitheim, de 26 anos, padrasto da menina, e Stephanie de Jesus da Silva, de 24 anos, mãe, sentarão nos bancos dos réus nos dias 6, 7 e 8 de novembro deste ano.
O julgamento já havia sido marcado para março de 2024 pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, mas ele acabou aceitando o pedido das defesas e desmarcou, diante da possibilidade de não ter sido concluída, até lá, a análise dos recursos no Tribunal de Justiça.
No despacho feito por Aluizio no fim da manhã de sexta-feira (13), ele ressalta que: “No preparativo final, intime-se para manifestarem na fase do art. 422 do CPP, as quais deverão informar quais instrumentos do crime ou objetos apreendidos nos autos serão necessários para utilização no julgamento em Plenário”.
Em janeiro deste ano, a defesa de Stephanie protocolou um recurso em que argumenta a falta de provas sobre a suposta participação da jovem na morte da filha. Na mesma época, a defesa do padrasto também fez um recurso pedindo a absolvição do réu quanto ao crime conexo de estupro de vulnerável, além da exclusão da qualificadora por motivo fútil e por meio cruel.
Durante as audiências de instrução, os dois acusados ficaram em silêncio, sobre o que realmente aconteceu no dia 26 de janeiro de 2023, por orientação das respectivas defesas.
As acusações -Na tarde do dia 26 de janeiro do ano passado, a menina deu entrada na UPA do Coronel Antonino, na região norte de Campo Grande, já sem vida. Inicialmente, a mãe, que foi até lá sozinha com a garota nos braços, sustentou a versão de que ela havia passado mal, mas investigação médica encontrou lesões pelo corpo, além de constatar que a morte havia ocorrido cerca de quatro horas antes da chegada ao local.
O atestado de óbito apontou que a menininha faleceu por sofrer trauma raquimedular na coluna cervical (nuca) e hemotórax bilateral (hemorragia e acúmulo de sangue entre os pulmões e a parede torácica). Exame necroscópico também mostrou que a criança sofria agressões há algum tempo e tinha ruptura cicatrizada do hímen - sinal de que sofreu violência sexual.