Geral
06/12/2013 11:33:04
Julgamento de PM acusado de matar juíza Patrícia Acioli começa nesta 6ª
Os trabalhos estavam previstos para começar às 8h.
Terra/AB
A\n Justiça do Rio de Janeiro começa a julgar nesta sexta-feira o policial \n militar Daniel Santos Benitez Lopez, um dos acusados de envolvimento na \n morte da juíza Patrícia Acioli, em Niterói (RJ). Os trabalhos estavam \n previstos para começar às 8h. \n Nesta semana, o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal \n (STF), negou recurso apresentado pela defesa do PM, que pedia a \n suspensão do julgamento. De acordo com o STF, a defesa do PM pretendia \n adiar o julgamento sob a alegação de que a data foi designada pelo juízo\n da 3ª Vara Criminal de Niterói (RJ) antes da preclusão da sentença de \n pronúncia, ou seja, antes a análise dos recursos contra a decisão que \n determinou a submissão do réu a júri popular. \n Baseada nestas alegações, a defesa do réu impetrou um pedido de \n habeas-corpus junto ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), \n que negou o pedido. Posteriormente, os advogados entraram com novo \n habeas-corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde o pedido \n novamente foi negado pela relatora do caso. Por conta disso, a defesa \n decidiu recorrer ao STF, pedindo a concessão de liminar para suspender o\n júri. \n O pedido, entretanto, foi arquivado pelo ministro Celso de Mello, que \n verificou a existência de um outro recurso apresentado pelos advogados \n do PM no STJ, que ainda não foi julgado. De acordo com o STF, em \n consulta ao site do STJ, o ministro verificou que a defesa interpôs \n recurso de agravo contra a decisão que não aceitou o habeas-corpus na \n corte. Dessa forma, Celso de Mello considerou prematura a apresentação \n do recurso no STF antes da decisão final do STJ, "sob o risco de \n supressão de instância".\n "A jurisprudência do STF tem advertido não se revelar admissível a \n impetração imediata de habeas-corpus perante esta Suprema Corte, \n enquanto não apreciados, pelo tribunal de jurisdição inferior, os \n recursos (ou pedidos de reconsideração) que perante ele já foram \n deduzidos", declarou Celso de Mello em sua decisão. \n Diante dos fatos, o ministro julgou incabível o habeas-corpus, considerando prejudicado o pedido de liminar. \n \n O assassinato de Patrícia Acioli\n Patrícia foi assassinada com 21 tiros em agosto de 2011 quando chegava \n em sua casa, em Piratininga, Niterói. O caso teve a primeira condenação \n em dezembro do ano passado quando o cabo da polícia militar Sérgio Costa\n Junior, réu confesso, foi condenado a 21 anos de prisão. Ele admitiu \n ter atirado 15 vezes na juíza e obteve a delação premiada, que diminuiu \n em 15 anos a sua pena. \n A Justiça ainda não tem data para os julgamentos dos dois principais \n acusados do crime: o tenente-coronel Cláudio Luiz Silva de Oliveira, que\n comandava o 7º BPM (São Gonçalo) na época do assassinato e teria sido o\n mandante do assassinato, e o tenente Daniel dos Santos Benitez, que \n chefiava diretamente o grupo de PMs acusados do crime.