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Geral
29/11/2012 09:00:00
Justiça de MG nega liminar que pedia anulação do júri do caso Eliza
A defesa de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, entrou com um habeas corpus na Justiça na sexta-feira (23), pedindo o cancelamento de todos os atos praticados na ausência dos advogados.

G1/LD

\n \n A\n 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais indeferiu pedido de\n liminar para anular o júri popular do caso Eliza Samudio, que condenou Luiz\n Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do\n goleiro Bruno Fernandes. A assessoria do tribunal informou nesta quinta-feira\n (29) que a decisão foi dada pelo desembargador Delmival de Almeida Campos e, em\n nova data, o recurso vai ser analisado por mais três desembargadores, quando\n ocorre o julgamento colegiado e definitivo na segunda instância. nbsp;\n \n A\n defesa de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, entrou com um habeas corpus na\n Justiça na sexta-feira (23), pedindo o cancelamento de todos os atos praticados\n na ausência dos advogados. Os defensores do réu abandonaram o plenário no\n primeiro dia do julgamento. Segundo a Justiça, a defesa alegou que não teve\n autorização para continuar no júri após ocorrer o desmembramento do processo\n para Bola, ficando impedida de fazer perguntas para os reús Macarrão e Fernanda\n e para as testemunhas. O ex-policial vai ser julgado em 4 de março com Bruno e\n Dayanne Rodrigues, ex-mulher do jogador. O pedido foi assinado pelos defensores\n Ércio Quaresma, Fernando Magalhães e Zanone de Oliveira Júnior. O pedido afirma\n que a defesa de Bola não pôde formular perguntas para os réus julgados e\n testemunhas.\n \n Antes\n de indeferir a liminar, o desembargador solicitou informações à juíza Marixa\n Fabiane Lopes Rodrigues, que presidiu o júri popular. A magistrada prestou os\n esclarecimentos na mesma sexta-feira (23). Segundo o TJMG, a magistrada afirmou\n que os advogados apresentaram o habeas corpus apenas no último dia de sessão,\n quando o júri já estava na fase de debate entre acusação e defesa. Ainda\n segundo informações prestadas pela juíza, os advogados estiveram no Fórum de\n Contagem nos dias 22 e 23 e não fizeram nenhum pedido "nos moldes do que\n foi requerido no TJMG". A partir dos esclarecimentos da juíza, o\n desembargador entendeu que era mais correto negar a liminar, abrindo vistas\n para a Procuradoria Geral de Justiça, conforme explicou a assessoria do\n tribunal. Depois disso, o pedido vai ser julgado por três desembargadores.
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\n Na ocasião do recurso, o defensor Ércio Quaresma disse ao G1 que a juíza deferia ter nomeado outro advogado para\n representar Bola e acompanhar as próximas sessões, com a possibilidade de\n intervir com indagações durante o julgamento de Macarrão e Fernanda.\n \n Sentença
\n O júri popular do caso Eliza Samudio condenou, na noite desta sexta-feira (23),\n no Fórum de Contagem, em Minas Gerais, os réus Luiz Henrique Ferreira Romão, o\n Macarrão, e Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do goleiro Bruno, pelo\n envolvimento na morte da ex-amante do jogador, em crime ocorrido em 2010.\n Conforme sentença da juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, Macarrão foi\n considerado culpado pelos crimes de homicídio e sequestro e cárcere privado. Fernanda\n foi condenada por sequestro e cárcere privado.\n \n O\n júri popular, que teve início com cinco réus, acabou com apenas dois acusados:\n Macarrão e Fernanda. O jogador Bruno Fernandes de Souza, que era titular do\n Flamengo, é acusado de ter arquitetado a morte da ex-amante, em 2010, para não\n ter de reconhecer o filho que teve com Eliza nem pagar pensão alimentícia.\n Bruno, a sua ex-mulher Dayanne Rodrigues e o ex-policial Marcos Aparecido dos\n Santos, o Bola, tiveram o júri desmembrado pela juíza Marixa e serão julgados\n em 2013.\n \n O crime
\n Conforme a denúncia, Eliza foi levada à força do Rio de Janeiro para um sítio\n do goleiro, em Esmeraldas (MG), onde foi mantida em cárcere privado. Depois, a\n vítima foi entregue para o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que\n a asfixiou e desapareceu com o corpo, nunca encontrado. O bebê Bruninho foi\n achado com desconhecidos em Ribeirão das Neves (MG).\n \n Além\n dos três réus que tiveram o júri desmembrado, dois acusados serão julgados\n separadamente – Elenílson Vitor da Silva e Wemerson Marques de Souza. Sérgio\n Rosa Sales, primo de Bruno, foi morto a tiros em agosto. Outro suspeito, Flávio\n Caetano Araújo, que chegou a ser indiciado, teve o processo arquivado.\n \n \n \n \n