Geral
19/11/2013 07:43:01
Justiça em Ribeirão nega pedido de liberdade para padrasto de Joaquim
A juíza Isabel Cristina Alonso dos Santos, da 2ª Vara do Júri e de Execuções Criminais de Ribeirão Preto (SP), indeferiu na tarde desta segunda-feira (18) o pedido de revogação da prisão temporária do padrasto do menino Joaquim, Guilherme Longo.
G1/LD
A juíza Isabel Cristina Alonso dos Santos, da 2ª Vara do Júri e de Execuções\n Criminais de Ribeirão Preto (SP), indeferiu na tarde desta segunda-feira (18) o\n pedido de revogação da prisão temporária do padrasto do menino Joaquim,\n Guilherme Longo.\n \n O técnico em TI está preso temporariamente desde o dia 10 de novembro,\n quando o corpo do enteado dele, Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, foi\n encontrado no Rio Pardo, em Barretos (SP). Longo é apontado pela polícia como\n principal suspeito do sumiço e da morte do garoto. Ele alega que é inocente.\n \n Em sua decisão, a juíza afirmou que após o corpo da criança ter sido\n encontrado surgiram fortes indícios de que houve um crime. O advogado de Longo,\n Antônio Carlos de Oliveira, discorda da argumentação. Como não saíram todos os\n laudos, não há provas materiais suficientes que indiquem um homicídio, diz.\n \n Oliveira afirmou que vai recorrer da decisão ainda esta semana no Tribunal\n de Justiça de São Paulo (TJ-SP) para entrar com um pedido de habeas corpus.\n \n Mais cedo, o advogado de Longo contestou a informação dada na manhã desta\n segunda pelo delegado Paulo Henrique Martins de Castro, que afirmou ter provas\n suficientes para indiciar o padrasto de Joaquim pelo desaparecimento e morte do\n menino. Entendemos que não existe essa prova, mesmo porque a polícia ainda não\n mostrou os laudos periciais. É a partir daí que eu acredito que a autoridade\n policial no entender dela pode ter alguma argumentação nesse sentido. Até o\n momento não tem sequer indício em desfavor do Guilherme, diz Oliveira.\n \n Depoimentos
\n Ainda na tarde desta segunda, Guilherme Longo e Natália Ponte prestaram novos\n depoimentos na Delegacia de Investigações Gerais (DIG). A mãe e o padrasto de\n Joaquim foram ouvidos em salas separadas. Segundo o delegado, as declarações do\n casal são consideradas importantes para o andamento das investigações. Castro,\n no entanto, não deu detalhes sobre o conteúdo dos depoimentos.\n \n Uma acareação entre o casal foi novamente descartada pelo delegado. Já a\n reconstituição do desaparecimento do menino Joaquim deve acontecer ainda esta\n semana. De acordo com o delegado, o procedimento é importante para que a\n polícia encontre novos detalhes que levem ao culpado pela morte da criança.\n Temos que produzir provas para reforçar as contradições que aparecem nos\n depoimentos [de Natália e Longo] e mostrar que um dos dois está mentindo",\n afirma.\n \n O caso
\n Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, desapareceu de dentro da casa da família na\n madrugada de 5 de novembro, em Ribeirão Preto (SP). O corpo foi encontrado\n cinco dias depois, boiando no Rio Pardo, em Barretos (SP). Ele foi enterrado na\n segunda-feira (11), em São Joaquim da Barra (SP).\n \n A mãe de Joaquim e o padrasto dele estão presos temporariamente desde o dia\n 10 de novembro, suspeitos de envolvimento no sumiço e na morte da criança. Eles\n alegam inocência.\n \n O promotor do caso, Marcus Túlio Nicolino, afirmou que a polícia e o Ministério\n Público continuam trabalhando com a linha de que o assassino estava dentro da\n casa.\n \n A polícia suspeita que Joaquim, que era diabético, tenha recebido uma alta\n dosagem de insulina, e que teria o levado à morte. Segundo o Instituto Médico\n Legal (IML), não é possível determinar a causa da morte da criança. As únicas\n lesões encontradas no corpo do menino foram na pele, em razão dos dias em que\n foi arrastado pelo rio. De acordo com o laudo, não foi encontrada água nos\n pulmões de Joaquim, o que indica que não houve afogamento.\n \n O delegado aguarda o resultado dos testes toxicológicos feitos nos órgãos da\n criança e que devem ficar prontos em 20 dias. Para especialistas, a morte\n causada por excesso de insulina pode não ser detectada nos exames, já que o\n hormônio é rapidamente processado pelo organismo.\n \n Segundo a polícia, nos depoimentos prestados até agora o casal apresenta\n contradições. Natália descreve um perfil agressivo do marido e diz que ele\n sentia ciúmes dela e do enteado. Ela conta que já foi ameaçada de morte por\n Longo e que ele castigava Joaquim. Sobre a relação do casal, Natália afirma que\n desde janeiro os dois começaram a se desentender.\n \n No entanto, Longo nega as agressões e ameaças, e diz que não é uma pessoa\n ciumenta. Ele afirma que tinha um bom relacionamento com Joaquim e que era\n muito carinhoso com o menino. Segundo ele, o relacionamento com Natália começou\n a ter um desgaste em setembro deste ano, quando ela descobriu que ele havia\n voltado a usar cocaína.
\n Ainda na tarde desta segunda, Guilherme Longo e Natália Ponte prestaram novos\n depoimentos na Delegacia de Investigações Gerais (DIG). A mãe e o padrasto de\n Joaquim foram ouvidos em salas separadas. Segundo o delegado, as declarações do\n casal são consideradas importantes para o andamento das investigações. Castro,\n no entanto, não deu detalhes sobre o conteúdo dos depoimentos.\n \n Uma acareação entre o casal foi novamente descartada pelo delegado. Já a\n reconstituição do desaparecimento do menino Joaquim deve acontecer ainda esta\n semana. De acordo com o delegado, o procedimento é importante para que a\n polícia encontre novos detalhes que levem ao culpado pela morte da criança.\n Temos que produzir provas para reforçar as contradições que aparecem nos\n depoimentos [de Natália e Longo] e mostrar que um dos dois está mentindo",\n afirma.\n \n O caso
\n Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, desapareceu de dentro da casa da família na\n madrugada de 5 de novembro, em Ribeirão Preto (SP). O corpo foi encontrado\n cinco dias depois, boiando no Rio Pardo, em Barretos (SP). Ele foi enterrado na\n segunda-feira (11), em São Joaquim da Barra (SP).\n \n A mãe de Joaquim e o padrasto dele estão presos temporariamente desde o dia\n 10 de novembro, suspeitos de envolvimento no sumiço e na morte da criança. Eles\n alegam inocência.\n \n O promotor do caso, Marcus Túlio Nicolino, afirmou que a polícia e o Ministério\n Público continuam trabalhando com a linha de que o assassino estava dentro da\n casa.\n \n A polícia suspeita que Joaquim, que era diabético, tenha recebido uma alta\n dosagem de insulina, e que teria o levado à morte. Segundo o Instituto Médico\n Legal (IML), não é possível determinar a causa da morte da criança. As únicas\n lesões encontradas no corpo do menino foram na pele, em razão dos dias em que\n foi arrastado pelo rio. De acordo com o laudo, não foi encontrada água nos\n pulmões de Joaquim, o que indica que não houve afogamento.\n \n O delegado aguarda o resultado dos testes toxicológicos feitos nos órgãos da\n criança e que devem ficar prontos em 20 dias. Para especialistas, a morte\n causada por excesso de insulina pode não ser detectada nos exames, já que o\n hormônio é rapidamente processado pelo organismo.\n \n Segundo a polícia, nos depoimentos prestados até agora o casal apresenta\n contradições. Natália descreve um perfil agressivo do marido e diz que ele\n sentia ciúmes dela e do enteado. Ela conta que já foi ameaçada de morte por\n Longo e que ele castigava Joaquim. Sobre a relação do casal, Natália afirma que\n desde janeiro os dois começaram a se desentender.\n \n No entanto, Longo nega as agressões e ameaças, e diz que não é uma pessoa\n ciumenta. Ele afirma que tinha um bom relacionamento com Joaquim e que era\n muito carinhoso com o menino. Segundo ele, o relacionamento com Natália começou\n a ter um desgaste em setembro deste ano, quando ela descobriu que ele havia\n voltado a usar cocaína.