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Geral
14/05/2013 09:43:49
Mãe fica revoltada ao “perder” filho na saída do hospital por maus-tratos
A volta da criança para a casa tinha tudo para ser comemorada pela família, que mora em Jardim, não fosse uma determinação judicial dizendo que o menino deve ficar em um abrigo.

CGNews/LD

\n \n Depois\n de 8 meses internado por causa de uma doença rara, o bebê de 9 meses de\n Elisângela dos Santos Fernandes, de 31 anos, finalmente recebeu alta na manhã\n desta segunda-feira (13) do Hospital Regional, em Campo Grande. A volta da\n criança para a casa tinha tudo para ser comemorada pela família, que mora em\n Jardim, não fosse uma determinação judicial dizendo que o menino deve ficar em\n um abrigo.\n \n Com\n os olhos lacrimejando e sob a acusação de maus-tratos, Elisangela se despediu\n do filho que saiu da unidade de saúde no colo de uma conselheira tutelar. O\n bebê foi levado para a Instituição Fundação Leonor Barbosa Flores, em Guia\n Lopes da Laguna, onde deve passar os próximos meses.\n \n A\n dona de casa, mãe de mais duas crianças de 5 e 3 anos, conta que o filho mais\n novo nasceu com uma doença rara chamada metilmalónica - doença hereditária\n metabólica, na qual o organismo não é capaz de processar certas proteínas e\n gorduras adequadamente.\n \n Complicações\n no quadro podem incluir problemas alimentares, retardo mental, problema renal\n crônico e inflamação do pâncreas. Quem tem essa doença deve ter uma dieta\n cuidadosamente controlada.\n \n A\n criança teve diagnóstico dois dias depois do nascimento, foi quando a vida da\n família de Elisângela mudou. O bebê chegou a ficar em casa por alguns dias, mas\n teve que ser levado as pressas para o hospital após a doença se agravar.\n \n O\n coordenador do Conselho Tutelar de Jardim, Adriano Zamora, explica que a\n criança tem necessidade especial por causa da doença e de acordo com ele, a\n decisão ocorreu após uma vistoria na casa da família. “Da primeira vez que\n recebeu alta, os pais foram orientados pelo hospital de como tinham que\n proceder para atender as necessidades do bebê, porém foram negligentes”,\n destaca.\n \n Um\n dos descuidos, segundo os conselheiros, foi referente ao leite da criança que\n ela deveria tomar apenas um determinado tipo. Mas não foi isso o que aconteceu\n levando o menino a ter o quadro da doença agravado.\n \n Com\n uma ordem judicial a criança foi retirada do convívio dos pais temporariamente.\n “Neste período o Conselho Tutelar, assistentes sociais e psicólogos vão\n acompanhar a família para que quando a criança for devolvida, possam estar\n preparados e atender as necessidades dela”, afirma.\n \n O\n médico pediatra, José Jailson de Araújo Lima, que cuidou do bebê no período que\n esteve internado em Campo Grande, disse que a criança chegou ao hospital com um\n quadro bastante grave de infecção.\n \n Segundo\n ele, a decisão da justiça ocorreu em Jardim e a orientação era de que a criança\n só poderia ser entregue ao Conselho Tutelar. "O bebê chegou em estado\n grave e ficou por vários dias na UTI (Unidade de Terapia Intensiva)".\n \n Inconformados\n com a situação, a mãe e o pai do bebê, Cleidnei dos Santos Loureiro, de 35\n anos, vão entrar com recurso contra a decisão. “Só quero cuidar e ter meu filho\n de volta. A dor de vê-lo saindo do hospital nos braços de outra pessoa é muito\n grande. Não tem como descrever o que estou sentindo”, lamenta.\n \n \n \n \n