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Médico oftalmologista confirma a perda permanente da visão do tatuador Leandro Coelho, de 30 anos, após ter soda cáustica jogada no rosto pela ex-namorada, na noite de quarta-feira (22), em Campo Grande. A informação foi dada pela irmã do rapaz, Jaqueline Coelho, por meio de um vídeo nas redes sociais. A suspeita do crime continua foragida.
"Eu estou aqui na Santa casa, o oftalmologista já confirmou que o meu irmão não voltará a enxergar ", relatou.
Segundo a família de Leandro, a autora do crime não aceitava o fim do relacionamento. Leandro segue internado na Santa Casa de Campo Grande, em estado crítico.
A irmã da vítima explicou que o tatuador se separou da ex-namorada há poucos meses e o motivo foi o intenso ciúme por causa da profissão de Leandro.
"Meu irmão é tatuador, essa é a profissão dele, e sabemos que não existe escolha para tatuar uma pessoa. É a cliente quem escolhe, bunda, seios, seja lá onde for... meu irmão se separou dela pelo motivo dela ser doente de ciúmes, a ponto de quebrar as coisas dentro da casa, coisas de grande valor, televisão, bebedor", comenta Jaqueline. Entenda o caso De acordo com registro policial, a suspeita, de 41 anos, estava à espera do ex-namorado durante a saída da academia e ao ver Leandro deixando o local, ela foi até ao rapaz, insistiu por uma conversa sobre o fim do relacionamento dos dois e jogou o produto corrosivo no rosto dele.
O homem relatou que tentou fugir do local conduzindo a moto por alguns metros até perder totalmente a visão e cair. Devido à soda cáustica, o capacete que Leandro usava derreteu em seu rosto.
A vítima relatou à polícia que enquanto agonizava de dor devido à queimação ocasionada pelo líquido, moradores da região tentaram ajudá-lo lavando o rosto com água até a chegada do Corpo de Bombeiros.
Quando a água entra em contato com superfície com soda cáustica o calor aumenta e os respingos d'água podem queimar as pessoas ao entorno.
O tatuador segue internado na Santa Casa de Campo Grande. O caso foi registrado na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Cepol e está sendo investigado pela 5ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande.