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Menina de 10 anos, que terá a identidade preservada, foi socorrida na tarde de quarta-feira (18), após ter o cabelo sugado na piscina da escola onde estuda na cidade de Aquidauana, distante 141 quilômetros de Campo Grande. A criança participava de uma aula de educação física e chegou a passar alguns minutos embaixo d’água, segundo o pai.
Ao Campo Grande News, o pai da menina, que é advogado, contou que a esposa foi avisada pela escola que a menina havia passado mal na piscina. Em seguida, ela avisou os avós da criança e depois o pai, que estava trabalhando.
“Minha esposa só descobriu que foi afogamento no hospital quando o professor disse que ela foi sugada pelo motor da piscina. Uma coleguinha que avisou a ele que minha filha havia mergulhado e não tinha subido”, disse o advogado.
O pai da criança afirmou, ainda, que o professor admitiu que estava fora da piscina quando outros alunos estavam brincando de se empurrar e ele acabou esquecendo da menina e da amiga.
"Ele errou, mas foi quem salvou ela também. Se fosse um professor de porte pequeno, acredito que não conseguiria tirar ela. O professor a tirou desacordada da água e fez o procedimento de reanimação”, explicou o homem.
Em seguida, a menina foi encaminhada para o pronto-socorro e depois para o hospital, onde passou por exames e ficou em observação. A criança estuda na escola desde os três anos e, de acordo com o pai, agora não quer mais ir à aula por estar assustada. “Ela não quer mais voltar, nem para as provas”, disse.
Agora a criança passa por cuidados em casa, conforme o pai, o médico que a atendeu explicou que existe o afogamento secundário e eles precisam observar os sintomas como febre, tontura, dor de cabeça e vômitos. “Se isso ocorrer, temos que levar ela para atendimento imediatamente”, alegou o advogado.
À reportagem, o pai relatou que a escola fez apenas um pronunciamento de rotina afirmando estar à disposição, mas a família fez o registro na delegacia e pretende entrar com ação civil.
“Vamos fazer de tudo para que não aconteça de novo. Outras mães disseram que a coordenação alegou que ela não estava de cabelo preso e touca, mas ela tem 10 anos, o professor tinha que ver isso”, finalizou o homem.
O Campo Grande Newsentrou em contato com a coordenadora da escola e aguarda o retorno da mensagem. A OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso do Sul) emitiu nota de repúdio por conta do caso.
"Um evento de tal gravidade não pode ser ignorado e expôs total falta de segurança no local. Foi constatado que o dispositivo de sucção da piscina estava desprotegido, sem a devida cobertura de segurança, o que resultou em um risco completamente evitável", diz o documento emitido pela 3ª subseção da OAB-MS que exige apuração do caso pelas autoridades competentes.