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28/08/2013 08:29:20
Menor que atirou no pai morto no Sayonara pode ser inocentado por
O jovem de 17 anos que disparou duas vezes contra o pai supostamente já morto está recolhido na Unidade Educacional de Internação (Unei) de Campo Grande e pode ser solto caso os laudos comprovem que não foram os tiros disparados por ele que tenham causado a morte da vítima.

Midiamax/LD

\n O jovem de 17 anos que disparou duas vezes contra o pai supostamente já morto está recolhido na Unidade Educacional de Internação (Unei) de Campo Grande e pode ser solto caso os laudos comprovem que não foram os tiros disparados por ele que tenham causado a morte da vítima. Ele atirou após ver que o pai havia assassinado a mãe e dado um tiro no próprio ouvido nesta segunda-feira (26), no bairro Sayonara, região oeste de Campo Grande. Ao ser apreendido, disse que disparou de revolta e que não sabia ao certo quantos tiros havia dado. Autuado por homicídio doloso, ele agora aguarda na Unei os laudos periciais para saber se foram os disparos dele que mataram o pai, ou se existiu o suicídio antes. “A apreensão quem faz é a Polícia Civil e a determinação de que o jovem seja encaminhado para a unidade é de um juiz. Cabe a nós receber o interno e não discutir o ordenamento legal. Pelo que sei existe no código penal a questão do crime impossível, mas a defesa desse caso ficará à competência de um advogado da família ou da Defensoria Jurídica” diz o superintendente de Assistência Socioeducativa de Mato Grosso do Sul, Rubens Grandini. O menor de idade foi preso em flagrante após ter sido visto por um vizinho na frente da casa com uma arma na mão. O jovem foi desarmado e com a Polícia no local houve a prisão por homicídio doloso. A perícia tem dez dias para entregar a Justiça os resultados de exames necroscópicos e do local do crime. Caso seja comprovado que os dois disparos do filho não determinaram a morte de Gregório Martins, de 42 anos, o menor de idade poderá ser liberado da Unei. No Código Penal não existe a previsão de crime para atirar em alguém já falecido, que na doutrina jurídica configuraria um “crime impossível”. O caso Na última segunda (26), Gregório Martins assassinou a cônjuge, Joracy Rodrigues Cristaldo da Silva e depois atirou na própria cabeça. O filho do casal ao deparar com a cena utilizou a arma do crime e efetuou dois disparos contra o pai. O crime ocorreu no Jardim Sayonara, em Campo Grande, na rua Professor Leverno de Queiroz. A arma do crime é um revolver calibre 38, conforme relatos da Cigcoe (Companhia de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais) que atendeu a ocorrência. Gregório Martins, que também era conhecido como “Góia” havia anunciado a parentes e amigos semanas antes do ocorrido que faria uma viagem distante. “Ele não se conformava com a separação, ele dizia que amava muito a mulher e que não queria perder”, explica uma vizinha. \n \n