Os\n ministros das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado; da \n Fazenda, Guido Mantega; e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio \n Exterior, Fernando Pimentel, estão hoje (30) em Caracas, na Venezuela, \n para participar de reuniões ministeriais do Mercosul. Hoje, na capital \n venezuelana, um grupo de trabalho se reúne para amanhã (31) participar \n da 25ª Reunião de Ministros e Autoridades de Desenvolvimento Social do \n Mercosul (Rmads). Para amanhã, também estão previstos encontros do \n comitê e da Comissão de Patrimônio Cultural do bloco e da Comissão de \n Coordenação dos Ministros de Assuntos Sociais (Ccmas). \n De acordo com o Itamaraty, os ministros deverão conversar sobre o acordo\n comercial entre o Mercosul e a União Europeia, cuja oferta de \n desgravação tarifária (retirada das tarifas de importação) brasileira \n dos produtos importados da Europa foi aprovada no último mês pela Câmara\n de Comércio Exterior (Camex), do Ministério do Desenvolvimento, \n Indústria e Comércio Exterior (Mdic). O Mercosul teria de apresentar sua\n oferta ao bloco europeu até o último trimestre do ano, depois de cada \n país ter aprovado suas ofertas individuais - exceto a Venezuela, ainda \n em processo de adesão - posteriormente negociadas com os demais membros.\n \n Segundo o ministro da Agricultura, Antônio Andrade, um dos entraves ao \n acordo intrablocos é a Argentina - que não só ainda não apresentou sua \n lista de oferta ao Mercosul, mas também é resistente à abertura \n comercial. O entendimento da União Europeia é que a oferta de \n desgravação da América do Sul deverá atingir 90% dos produtos \n importados, o que pode ser flexibilizado. No caso, o mesmo valeria para \n os produtos brasileiros importados pelo bloco europeu. \n Não há normas que estabeleçam numericamente qual percentual de comércio \n tem que ser desgravado para que uma área seja considerada de livre \n comércio. De acordo com as regras da Organização Mundial do Comércio \n (OMC), acordo de livre comércio é todo aquele que abarque "parte \n substancial" das trocas entre os países - neste caso, blocos. \n Na Venezuela, os ministros brasileiros ainda deverão falar sobre o \n aprofundamento da integração regional do Mercosul nos âmbitos político, \n econômico e, especialmente, social. Outro tema de debate deverá ser a \n articulação com outros agrupamentos regionais, como com a Comunidade de \n Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). \n A reunião da qual os ministros irão participar - a Rmads – faz parte do \n Mercosul Social, um espaço do bloco que foi criado para debater, buscar \n consensos e definir estratégias para questões de cunho social - como o \n combate à desigualdade social, à pobreza e à melhora de infraestrutura. \n Atualmente, o comércio do Mercosul está em US$ 61,2 bilhões (cerca de R$\n 133,9 bilhões), 12 vezes superior ao que era registrado quando o bloco \n foi criado, no início da década de 1990.