Veja/PCS
Morreu nesta tarde de sábado o jornalista Marcelo Rezende, aos 65 anos. Rezende lutava contra um câncer no pâncreas e no fígado, que revelou em entrevista na TV, em maio deste ano.
Religioso, diante da agressividade do tumor, o jornalista abriu mão do tratamento convencional e participou de retiros espirituais. A causa da morte foi a falência múltipla de órgãos, de acordo com informações do Hospital Moriah, em São Paulo.
Nascido em 12 novembro de 1951 no Rio de Janeiro, Marcelo Rezende tinha mais de quarenta anos de carreira. Nos anos 80, trabalhou como repórter de esportes na revista Placar, da Editora Abril, a mesma que publica VEJA.
Trabalhou também na Globo, onde realizou reportagens investigativas e apresentou, entre outros programas, o Linha Direta, que exibia a reconstituição de grandes casos criminais, como o do maníaco Chico Picadinho. Na Record, comandava o policialesco Cidade Alerta desde 2012. Antes, esteve à frente do quadro A Grande Reportagem, do Domingo Espetacular.
No Cidade Alerta, cunhou o bordão “Corta pra mim”, do qual se orgulhava. A frase dá nome ao seu perfil oficial no Facebook e ao livro que lançou no início de 2016.
O livro, publicado pela editora Planeta, reunia relatos sobre as suas reportagens investigativas, como aquela sobre a máfia do futebol.
Na reta final, Marcelo Rezende contou com o apoio de familiares e amigos, como o colega da Record Geraldo Luís, que chegou a socorrê-lo em casa, no início de maio. A filha Patrícia, que mora fora do país, voltou ao Brasil para acompanhá-lo — e se despedir.
Teve também o apoio constante da namorada, Luciana Lacerda, que chegou a fazer uma tatuagem em homenagem a ele. Nos últimos momentos, Luciana fez posts dramáticos no Instagram, em que pedia a Deus que cuidasse de quem ela não podia cuidar, e que segurasse nas mãos dela e de Marcelo Rezende.