Geral
23/02/2012 10:32:52
Morre bebê com problema no coração levado da Santa Casa para SP
A recém-nascida Ana Laiza Dias Ventura Jesus que nasceu com um problema cardíaco e teve de ser transferida da Santa Casa de Campo Grande na quinta-feira (16) para o Hospital Beneficência Portuguesa em São Paulo (SP) morreu na manhã do último domingo (19).
Midiamax/LD
\n A recém-nascida Ana Laiza Dias Ventura Jesus que nasceu com um problema cardíaco e teve de ser transferida da Santa Casa de Campo Grande na quinta-feira (16) para o Hospital Beneficência Portuguesa em São Paulo (SP) morreu na manhã do último domingo (19). Ana Laiza nasceu com hipoplasia de ventrículo esquerdo, ou seja, ela não tinha o lado esquerdo do coração, de acordo com a equipe médica que acompanhou a criança até a capital paulista. O pedido de transferência para o Beneficência Portuguesa foi pedido há 20 dias, porém somente na última quinta-feira foi aberto uma vaga no hospital que é referência no tratamento, de acordo com a Associação de Apoio à Criança Cardiopata (AACC). Para continuar viva, Ana Laiza precisava tomar um medicamento que dilata o canal arterial aberto para a circulação sanguínea. Coincidentemente, no mesmo dia, a Santa Casa possuía uma última ampola desse medicamento. Segundo o hospital , o Alprostátil, medicamento utilizado é importado e o responsável pelo fornecimento no País fechou e, por isso está em falta. Ainda de acordo com a Santa Casa e Associação, a UTI aérea da empresa que presta serviço a M.S. taxi aéreo, que trabalha sob licitação ao governo do estado de Mato Grosso do Sul, foi solicitada às 6h de quinta-feira (16), pois às 10h (horário de São Paulo) uma equipe médica estava a espera pois a cirurgia estava marcada. Porém o vôo saiu após as 12h do mesmo dia, horário de Campo Grande. Ana Laiza não fez a cirurgia e teve de ser levada direto para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), para a estabilização e tratamento nos rins. A Beneficência Portuguesa, informou que a recém-nascida deu entrada às 18h27 da última quinta, com diagnóstico de hipoplasia do ventrículo esquerdo, tipo de cardiopatia congênita na qual o paciente precisa ser submetido à cirurgia nos primeiros dias de vida. A paciente apresentava quadro grave de septicemia e de insuficiência renal, além disso, ao longo dos dias, apresentou um distúrbio de coagulação sanguínea que impossibilitava a realização da cirurgia. Atraso não existiu, existiu um planejamento de logística para que tudo ocorresse em segurança, diz André Amêndola, enfermeiro que fez parte da equipe no transporte. Não se trata, por exemplo, de um acidentado que você, pega e leva, afirma. As logísticas, de acordo com a empresa, são: ter um transporte em São Paulo no momento da chegada, viabilidade do trânsito, inclusive com batedouros do Corpo de Bombeiros e PM, viabilidade de profissionais especializados tanto aqui, nbsp;quanto em São Paulo e e viabilidade também da estabilização do paciente. Aqui ela estava bem, disse a dona de casa Mirian Cardoso da Luz, 19, que mora em Anastácio com o marido, o trabalhador rural Anderson Ventura Jesus, 23, com um casal de 5 e 3 anos. Tem de se colocar em prática a lei que obriga o exame de oximetria de pulso em recém-nascidos, argumenta a voluntária e representante da AACC, Liliane Caramel. Em dezembro de 2011, entrou em vigor a lei 4.131, de autoria do deputado estadual Márcio Fernandes (PTdoB), que dispõe sobre a realização de exame de oximetria de pulso em recém-nascidos. A nova norma foi sancionada pelo governador André Puccinelli e publicada no Diário Oficial. A Secretaria de Saúde de MS informou que a responsabilidade das fiscalizações dos testes ainda será regulamentada.\n \n