IstoÉ/PCS
A veterinária Pryscila Andrade, de 31 anos, morreu nesta terça-feira (2). Ela estava internada em um hospital particular de Recife (PE) desde o último dia 16 quando passou mal após comer peixe da espécie arabaiana. A suspeita é de que ela e a irmã, Flávia Andrade, de 36 anos, tenham contraído Síndrome de Haff, conhecida como “doença da urina preta”. Flávia já havia recebido alta no último dia 24.
A doença de Haff tem como principal característica dores musculares intensas que surgem pouco tempo após a ingestão de peixe. Ela também escurece a cor da urina e, sem um atendimento médico imediato, pode levar o paciente à insuficiência renal.
De acordo com a mãe das pacientes, a empresária Betânia Andrade, as filhas foram internadas horas após almoço. Além das duas irmãs, o filho de Flávia, de 4 anos, também comeu do peixe, mas em uma quantidade menor.
Após receber alta do hospital, Flávia compartilhou nas redes sociais um vídeo explicando o que havia acontecido com ela e a irmã. Também nas redes sociais, amigos e familiares lamentaram a morte de Pryscila.
Investigação
Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que no último dia 22 “foi notificada, pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) do Recife, de cinco casos de mialgia aguda, suspeitos para doença de Haff”.
“Após a notificação, a SES orientou sobre a investigação epidemiológica de todos aqueles que consumiram o alimento, assim como a coleta do referido insumo para encaminhamento ao Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen-PE) para que sejam providenciadas as análises laboratoriais. A doença de Haff é caracterizada pela presença de toxina biológica presente em pescados”, diz a nota.