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Em Mato Grosso do Sul, 17,5% das pessoas têm algum grau de pobreza, mostra pesquisa do Índice de Pobreza, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta sexta-feira (25). O número é o 8º menor entre as UFs.
Comparado a 2008-2009,o estado tinha um percentual de 39,6% de pessoas em algum grau de pobreza. Ou seja, houve decréscimo de 65,8% (22,1 pontos percentuais).
A pesquisa compreende um levantamento que visa medir a perda de qualidade de vida dos brasileiros ao longo do tempo, e mostra números referentes à coleta de dados nos anos de 2017 e 2018.
Para tanto, o IBGE baseia-se em três índices: o Índice de Pobreza Multidimensional não monetário (IPM-NM); o Índice de Vulnerabilidade Multidimensional não monetário (IVM-NM); e o Índice de Pobreza Multidimensional com Componente Relativo (IPM-CR).
Entre os estados, o menor índice de pobreza foi registrado em Santa Catarina (5,1%) e o maior no Maranhão (58,1%).
Segundo o IBGE, somando-se o resultado registrado por Mato Grosso do Sul em 2017-2018 e em 2008-2009, houve uma queda de 72,1% no índice de pobreza do estado entre os dois períodos.
A pesquisa aponta que a participação das dimensões na medição do IPM-NM mostra que há uma maior homogeneidade no período de 2017-2018, o que reforça o papel equilibrado das dimensões no retrato da pobreza.
“Tem-se reforçada a ideia de que a pobreza deve ser combatida de forma multidimensional, em mais de uma frente, pois atinge de forma plural a população”, informou o IBGE.
Vulnerabilidade
Com relação à parte da pesquisa que abrange a vulnerabilidade, constatou-se que MS tem 69% da sua população em algum grau de vulnerabilidade. Este percentual coloca o estado em 9º lugar entre as UFs.
Em 2008-2009, o número registrado era de 86,1%. Desta forma, há um decréscimo de 19,9% no número (17,1 p.p.)
Explicando, a pobreza é um subgrupo da vulnerabilidade, pois todas as famílias em situação de pobreza já se encontram, de alguma maneira, em vulnerabilidade.
Saiba mais
Conforme o IBGE, os índices retratam melhoras dentro do período comparado, porém, por mais que haja ganhos absolutos com a queda da pobreza ou da vulnerabilidade, os dados nacionais mostram que os maiores valores continuam concentrados nos segmentos menos favorecidos.
Nas comparações entre a população urbana e rural e mesmo no recorte racial, verifica-se que as diferenças entre os grupos pouco se alteraram.
De 2008-2009 para 2017-2018, os índices das Unidades da Federação melhoraram, embora de forma desigual.
No período, nenhum estado do Norte ou do Nordeste teve IPM-NM abaixo da média nacional.