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O número de assassinatos caiu 4,5% em Mato Grosso do Sul nos primeiros três meses deste ano, média maior que a nacional, que teve baixa de 0,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados são do índice nacional de homicídios criado pelo portal g1, com base nos dados oficiais de 26 estados e do Distrito Federal.
Enquanto o estado teve 132 mortes no primeiro trimestre de 2022, foram 126 no mesmo período deste ano. A pesquisa contabiliza homicídios dolosos (incluindo os feminicídios), latrocínios (roubos seguidos de morte) e lesões corporais seguidas de morte.
O índice mostra apenas dados estaduais. No entanto, estatísticas da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), mostram que foram 38 mortes violentas em Campo Grande entre janeiro, fevereiro e março de 2023. Até junho, são 59.
Uma dessas mortes chocou todo país: Sophia Jesus Ocampo, de apenas 2 anos, que foi espancada e morreu em decorrência dos ferimentos no dia 26 de janeiro. A mãe da criança e padrasto são os principais suspeitos. A declaração de óbito apontou trauma na coluna cervical, que evoluiu para o acúmulo de sangue entre o pulmão e a parede torácica. O documento ainda diz que a menina sofreu "violência sexual não recente".
No Brasil, foram 10,2 mil assassinatos nos três primeiros meses deste ano, baixa de 0,7%. No ano passado, a queda foi de 1%, como apontou um levantamento exclusivo do Monitor da Violência. Além disso, houve 40,8 mil mortes violentas intencionais no país no ano passado, o menor número de toda a série histórica do Fórum Brasileiro de Segurança Pública pelo segundo ano seguido.
Segundo especialistas do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP), o menor número de mortes é motivado por um conjunto de fatores, incluindo: mudanças na dinâmica do mercado de drogas brasileiro; maior controle e influência dos governos sobre os criminosos; apaziguamento de conflitos entre facções; políticas públicas de segurança e sociais; e redução do número de jovens na população.
Quatro, das cinco regiões do país tiveram queda: Centro-oeste (-5,2%), Nordeste (-3%), Norte (-4,2%) e Sul (-5,7%). A única região do país a apresentar alta nos assassinatos é o Sudeste ( 8,2%).