Geral
26/09/2013 08:15:11
Mulher acusada de matar executivo da Friboi será ouvida nesta quinta
O terceiro dia do julgamento de Giselma Carmen Campos, acusada de mandar matar o marido, o diretor-executivo da Friboi Humberto de Campos Magalhães, deve ter início às 10h desta quinta-feira (26) com o interrogatório da ré e de seu irmão, Kairon Alves.
G1/LD
\n \n O\n terceiro dia do julgamento de Giselma Carmen Campos,nbsp;acusada de mandar\n matar o marido, onbsp;diretor-executivo da Friboi Humberto de Campos\n Magalhães, deve ter início às 10h desta quinta-feira (26) com o interrogatório\n danbsp;ré e de seu irmão, Kairon Alves.\n \n Apesar\n de estarem casados judicialmente, o casal estava separado na época do crime, em\n 2008.\n \n O\n júri começou na terça-feira (24) e ocorrenbsp;no Fórum Criminal da Barra\n Funda, na Zona Oeste da capital. Após os interogatórios dos acusados de matar\n Humberto, terá início a fase de debates entre a acusação e defesa,\n comnbsp;duas horas e meianbsp;para cada uma das partes. Se o promotor José\n Carlos Consenzo optar pela réplica, terá maisnbsp;duas para sua explanação,\n mesmo tempo concedido aos defensores para tréplica. Em seguida, o Conselho de\n Sentença se reúne para decidir sobre o caso.\n \n Nesta\n quarta-feira (15), segundo dia de julgamento, os destaques foram para os\n depoimentos dos irmãos Carlos Eduardo Magalhães, de 22 anos, e de Marcus\n Vinícius Campos de Magalhães, filhos da ré Giselma e da vítima Humberto.\n \n Como\n testemunha de defesa, o estudante de direito Marcus Vinícius Campos de\n Magalhães afirmou acreditar na inocência da mãe, Giselma. Filho mais velho do\n casal, ele disse que a mãe não tinha motivos para matar o pai, mas não\n conseguiu, em seu depoimento, segundo o advogado de defesa, Ademar Gomes,\n defender a mãe.\n \n "Ele\n estava tenso, nervoso, travou por completo. Não posso aceitar isso de um\n estudante de direito. Ele prejudicou muito a defesa. O filho não soube defender\n a mãe", afirmou Gomes.\n \n À\n tarde, o estudante de administração Carlos Eduardo Magalhães, de 22 anos,\n disse, por sua vez,nbsp;que a mãe Giselma Carmen Campos perseguia o pai.nbsp;\n Ela vivia perseguindo meu pai, ligava para saber o horário de entrada e de\n saída da empresa, ligava para os seguranças para saber se ele estava acompanhado\n de alguém, afirmou durante os questionamentos da promotoria.\n \n Carlos\n Eduardo afirmou que a mãe nunca negou o crime, apesar de ressaltar que eles não\n falavam sobre o caso. Em nenhum momento ela tentou se defender do crime,\n dizendo que não mandou executar meu pai."\n \n A\n ré estava na sala durante o depoimento de Carlos Eduardo. Ela manteve a cabeça\n baixa, escrevendo em folhas de papel. Giselma não esboçou reação durante as\n respostas do filho ao promotor do caso. O jovem chamou a mãe pelo nome durante\n todo o tempo. Questionado pelo promotor José Carlos Consenzonbsp;sobre\n onbsp;motivo de se referir a mãe como Giselma, ele respondeu que sempre a\n tratou assim. Eu não considero mãe uma pessoa que tem coragem de fazer comigo\n o que muitas pessoas não fariam, justificou.\n \n Mais\n tarde, questionado pelos jornalistas, na saída do fórum, por qual\n motivonbsp;não chama Giselma de mãe, Carlos Eduardo disse que "é\n consequência das atitudes dela". "Dói não ter mãe. Não chamar de mãe\n é a consequência das atitudes dela. Eu queria muito ter uma mãe que eu pudesse\n acordar e chamar de mãe, mas infelizmente não é o caso."\n \n O crime
\n Segundo a polícia e a promotoria, depois da separação informal, Giselma passou\n a planejar o assassinato de Humberto.\n \n Giselma\n procurou o irmão Kairo Alves, no Maranhão, que havia saído da prisão, onde\n passou 18 anos condenado por tráfico de drogas. Segundo a polícia, Kairo veio a\n São Paulo e contratou dois pistoleiros no Centro de São Paulo. A investigação\n mostrou que Giselma pagou ao irmão e aos pistoleiros cerca de R$ 30 mil.\n \n No\n dia da morte, um dos assassinos utilizou o celular do filho mais velho de\n Humberto, entregue por Giselma, e telefonou para o executivo dizendo que o\n jovem estava passando mal, no meio da rua. Humberto saiu de casa apressado e\n foi à rua indicada procurando o filho de casa em casa. Ao voltar para o carro,\n um motoqueiro se aproximou e depois de uma rápida discussão disparou dois tiros\n que mataram Humberto.\n \n Ciúmes e dinheiro
\n Segundo Carlos Eduardo, os pais sempre tiveram um relacionamento\n difícil.nbsp;De acordo comnbsp;o estudante, o pai havia saído de casa em\n outubro de 2007, mas pagava todas as despesas do imóvel e da família. Meu pai\n não queria entrar com processo litigioso, que era muito desgastante, queria\n resolver de forma consensual, disse.\n \n O\n promotor perguntou qual motivo que Giselma teria para matar o executivo. Uma\n das coisas é que a Friboi era uma empresa familiar e os donos eram muito\n acessíveis. Então, ela não queria perder esse status para outra mulher, além da\n condição financeira. O que ela não queria é que a Adriana [mulher do pai na\n época do crime] tivesse acesso ao dinheiro dele. Carlos Eduardo contou que a\n mãe demonstrava ter muito ciúmes da mulher que vivia com o executivo.\n \n O\n estudante afirmou que não há ódio" na decisão de testemunhar contra a\n mãe. "Quero Justiça. Ela planejou isso durante muitos meses. Eu vivi em\n casa como um inimigo. O que é espantoso nessa história é ela ter feito o que\n fez sendo que ele tinha sido muito bom para ela.\n \n Carlos\n Eduardo detalhou o que fez na data da morte do pai, em dezembro de 2008. Ele\n disse que não chegou a desmarcar um jantar que havia agendado com o executivo.\n O estudante contou que não encontrou o celular e que a mãe pediu que ele não\n ligasse para Magalhães porque estava resolvendo um problema com ele.\n \n Depois\n do crime, Giselma pediu ao filho, segundo o relato dele, que omitisse esse\n pedido para a polícia. Como eu sabia que ela já tinha um histórico de ser uma\n pessoa agressiva, de muitos conflitos com meu pai, eu fiquei com medo e omiti\n informações para não incriminá-la.\n \n O\n estudante relatou aos jurados que foi a mãe quem o comunicou que o celular dele\n estava envolvido no crime e que a polícia suspeitava da participação de Carlos\n Eduardo na morte. Segundo as investigações apontaram depois, o aparelho foi\n usado pelo tio dele, Kairon Vaufer Alves, também julgado pelo assassinato, para\n atrair o executivo para a rua do assassinato.\n \n O\n jovem garantiu que não conhecia o tio porque ele foi preso antes de o estudante\n nascer e permaneceu na cadeia por muitos anos. Em relação a fotografias do tio\n encontradas pela polícia no quarto dele, Carlos Eduardo disse que a mãe havia\n pedido que ele digitalizasse as imagens e disse apenas que eram da família.\n \n Ele\n acredita que a mãe tentou o incriminar. "Desde o momento que ela colocou\n as fotos do Kairon no meu guarda-roupas, ela tentou me conectar a ele, fora ter\n utilizado o meu celular. Segundo o jovem, a mãe viajou para o Maranhão, onde\n vivia o tio, cerca de seis meses antes da morte de Humberto Magalhães.\n \n As\n defesas de Giselma e de Kairon abriram mão de fazer perguntas para a testemunha\n e Carlos Eduardo foi dispensado por volta das 19h30 desta quarta-feira. Depois,\n foi ouvida a testemunha Leila Ferreira da França, ex-empregada de Giselma. Ela\n falou sobre o relacionamento dela com os filhos e o depoimento de Marcus\n Vinícius Campos Magalhães começou às 19h55 e encerrou o\n julgamentonbsp;nanbsp;quarta.\n \n Primeiro\n dia de julgamento
\n No primeiro dia, outras três testemunhas de acusação foram ouvidas pelo júri. A\n veterinária Adriana Ferreira Domingos, que vivia com a vítima na época do\n assassinato, foi a terceira e última a depor. Ela relatou as ameaças da\n ex-mulher da vítima, Giselma Carmen Campos.\n \n Ela\n ligava no meu celular e falava um monte de coisas, xingava, dizia um monte de\n barbaridades, me ameaçava, ligou inclusive no meu trabalho. Falou que eu não\n ficaria com ele e que faria o possível para que isso acontecesse, afirmou.\n \n A\n veterinária contou aos jurados que os dois iniciaram o relacionamento em\n dezembro de 2007, quando Magalhães já estava separado da mulher, e passaram a\n morar juntos em São Paulo em fevereiro de 2008. Eu quero Justiça também por\n causa da família dele. A mãe está sofrendo, não é fácil sair de Campo Grande e\n vir para cá, mas eu vou fazer Justiça. Quero ver na cadeia quem fez isso com\n ele. Eu não tenho ódio nenhum dela. É uma coitada. Mandou matar o pai dos\n filhos dela, afirmou.\n \n Antes\n dela, prestou depoimento o delegado Rodolpho Chiarelli Júnior, que investigou o\n assassinato. Ele disse não ter dúvidas que Giselma planejou o crime. Eu afirmo\n e reafirmo que ela é a mentora intelectual desse crime e é uma afronta para mim\n ela estar solta, afirmou o policial, que trabalhava no Departamento de\n Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).\n \n Ainda\n de acordo com Chiarelli, todos os acusados de envolvimento no assassinato \n além dos irmãos, outros dois suspeitos foram presos - sabiam que foi a\n ex-mulher quem planejou a morte do empresário. Inicialmente, o valor fixado era\n de R$ 15 mil, mas passou para R$ 30 mil, segundo o delegado. Os acusados dizem,\n no entanto, que a ré não efetuou todo o pagamento.\n \n Segundo\n o delegado, Kairon e Giselma estiveram juntos antes e depois do crime, na data\n em que o assassinato foi cometido. Além disso, Kairon teria confessado durante\n depoimento que depois do assassinato foi até Alphaville, na Grande São Paulo,\n local onde a irmã residia, pegar o dinheiro prometido. O delegado ainda afirma\n que a mãe reagiu com indiferença ao saber que o filho era suspeito do crime e\n que não esboçou nenhuma reação.\n \n Para\n o promotor José Carlos Cosenzo, o primeiro dia de júri foi bastante favorável à\n acusação. "Foi excelente em termos de provas técnicas, rigorosamente\n técnicas. Vocês vão ver posteriormente que todas essas provas técnicas estão\n rigorosamente estabelecidas no interrogatório do Kairon. Ou seja, o que ele\n disse depois nada mais fez do que referendar tudo aquilo que a polícia\n colheu", afirmou Cosenzo.\n \n \n \n \n
\n Segundo a polícia e a promotoria, depois da separação informal, Giselma passou\n a planejar o assassinato de Humberto.\n \n Giselma\n procurou o irmão Kairo Alves, no Maranhão, que havia saído da prisão, onde\n passou 18 anos condenado por tráfico de drogas. Segundo a polícia, Kairo veio a\n São Paulo e contratou dois pistoleiros no Centro de São Paulo. A investigação\n mostrou que Giselma pagou ao irmão e aos pistoleiros cerca de R$ 30 mil.\n \n No\n dia da morte, um dos assassinos utilizou o celular do filho mais velho de\n Humberto, entregue por Giselma, e telefonou para o executivo dizendo que o\n jovem estava passando mal, no meio da rua. Humberto saiu de casa apressado e\n foi à rua indicada procurando o filho de casa em casa. Ao voltar para o carro,\n um motoqueiro se aproximou e depois de uma rápida discussão disparou dois tiros\n que mataram Humberto.\n \n Ciúmes e dinheiro
\n Segundo Carlos Eduardo, os pais sempre tiveram um relacionamento\n difícil.nbsp;De acordo comnbsp;o estudante, o pai havia saído de casa em\n outubro de 2007, mas pagava todas as despesas do imóvel e da família. Meu pai\n não queria entrar com processo litigioso, que era muito desgastante, queria\n resolver de forma consensual, disse.\n \n O\n promotor perguntou qual motivo que Giselma teria para matar o executivo. Uma\n das coisas é que a Friboi era uma empresa familiar e os donos eram muito\n acessíveis. Então, ela não queria perder esse status para outra mulher, além da\n condição financeira. O que ela não queria é que a Adriana [mulher do pai na\n época do crime] tivesse acesso ao dinheiro dele. Carlos Eduardo contou que a\n mãe demonstrava ter muito ciúmes da mulher que vivia com o executivo.\n \n O\n estudante afirmou que não há ódio" na decisão de testemunhar contra a\n mãe. "Quero Justiça. Ela planejou isso durante muitos meses. Eu vivi em\n casa como um inimigo. O que é espantoso nessa história é ela ter feito o que\n fez sendo que ele tinha sido muito bom para ela.\n \n Carlos\n Eduardo detalhou o que fez na data da morte do pai, em dezembro de 2008. Ele\n disse que não chegou a desmarcar um jantar que havia agendado com o executivo.\n O estudante contou que não encontrou o celular e que a mãe pediu que ele não\n ligasse para Magalhães porque estava resolvendo um problema com ele.\n \n Depois\n do crime, Giselma pediu ao filho, segundo o relato dele, que omitisse esse\n pedido para a polícia. Como eu sabia que ela já tinha um histórico de ser uma\n pessoa agressiva, de muitos conflitos com meu pai, eu fiquei com medo e omiti\n informações para não incriminá-la.\n \n O\n estudante relatou aos jurados que foi a mãe quem o comunicou que o celular dele\n estava envolvido no crime e que a polícia suspeitava da participação de Carlos\n Eduardo na morte. Segundo as investigações apontaram depois, o aparelho foi\n usado pelo tio dele, Kairon Vaufer Alves, também julgado pelo assassinato, para\n atrair o executivo para a rua do assassinato.\n \n O\n jovem garantiu que não conhecia o tio porque ele foi preso antes de o estudante\n nascer e permaneceu na cadeia por muitos anos. Em relação a fotografias do tio\n encontradas pela polícia no quarto dele, Carlos Eduardo disse que a mãe havia\n pedido que ele digitalizasse as imagens e disse apenas que eram da família.\n \n Ele\n acredita que a mãe tentou o incriminar. "Desde o momento que ela colocou\n as fotos do Kairon no meu guarda-roupas, ela tentou me conectar a ele, fora ter\n utilizado o meu celular. Segundo o jovem, a mãe viajou para o Maranhão, onde\n vivia o tio, cerca de seis meses antes da morte de Humberto Magalhães.\n \n As\n defesas de Giselma e de Kairon abriram mão de fazer perguntas para a testemunha\n e Carlos Eduardo foi dispensado por volta das 19h30 desta quarta-feira. Depois,\n foi ouvida a testemunha Leila Ferreira da França, ex-empregada de Giselma. Ela\n falou sobre o relacionamento dela com os filhos e o depoimento de Marcus\n Vinícius Campos Magalhães começou às 19h55 e encerrou o\n julgamentonbsp;nanbsp;quarta.\n \n Primeiro\n dia de julgamento
\n No primeiro dia, outras três testemunhas de acusação foram ouvidas pelo júri. A\n veterinária Adriana Ferreira Domingos, que vivia com a vítima na época do\n assassinato, foi a terceira e última a depor. Ela relatou as ameaças da\n ex-mulher da vítima, Giselma Carmen Campos.\n \n Ela\n ligava no meu celular e falava um monte de coisas, xingava, dizia um monte de\n barbaridades, me ameaçava, ligou inclusive no meu trabalho. Falou que eu não\n ficaria com ele e que faria o possível para que isso acontecesse, afirmou.\n \n A\n veterinária contou aos jurados que os dois iniciaram o relacionamento em\n dezembro de 2007, quando Magalhães já estava separado da mulher, e passaram a\n morar juntos em São Paulo em fevereiro de 2008. Eu quero Justiça também por\n causa da família dele. A mãe está sofrendo, não é fácil sair de Campo Grande e\n vir para cá, mas eu vou fazer Justiça. Quero ver na cadeia quem fez isso com\n ele. Eu não tenho ódio nenhum dela. É uma coitada. Mandou matar o pai dos\n filhos dela, afirmou.\n \n Antes\n dela, prestou depoimento o delegado Rodolpho Chiarelli Júnior, que investigou o\n assassinato. Ele disse não ter dúvidas que Giselma planejou o crime. Eu afirmo\n e reafirmo que ela é a mentora intelectual desse crime e é uma afronta para mim\n ela estar solta, afirmou o policial, que trabalhava no Departamento de\n Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).\n \n Ainda\n de acordo com Chiarelli, todos os acusados de envolvimento no assassinato \n além dos irmãos, outros dois suspeitos foram presos - sabiam que foi a\n ex-mulher quem planejou a morte do empresário. Inicialmente, o valor fixado era\n de R$ 15 mil, mas passou para R$ 30 mil, segundo o delegado. Os acusados dizem,\n no entanto, que a ré não efetuou todo o pagamento.\n \n Segundo\n o delegado, Kairon e Giselma estiveram juntos antes e depois do crime, na data\n em que o assassinato foi cometido. Além disso, Kairon teria confessado durante\n depoimento que depois do assassinato foi até Alphaville, na Grande São Paulo,\n local onde a irmã residia, pegar o dinheiro prometido. O delegado ainda afirma\n que a mãe reagiu com indiferença ao saber que o filho era suspeito do crime e\n que não esboçou nenhuma reação.\n \n Para\n o promotor José Carlos Cosenzo, o primeiro dia de júri foi bastante favorável à\n acusação. "Foi excelente em termos de provas técnicas, rigorosamente\n técnicas. Vocês vão ver posteriormente que todas essas provas técnicas estão\n rigorosamente estabelecidas no interrogatório do Kairon. Ou seja, o que ele\n disse depois nada mais fez do que referendar tudo aquilo que a polícia\n colheu", afirmou Cosenzo.\n \n \n \n \n