Geral
06/11/2013 09:00:00
Nas favelas, 31,6% têm renda de até meio salário mínimo, diz IBGE
Nas favelas e outras áreas de habitação irregular do país, 31,6% dos moradores tinham rendimento domiciliar per capita até meio salário mínimo em 2010, enquanto nas demais áreas, o percentual era de 13,8%, conforme aponta nesta quarta-feira (6) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBG
G1/LD
\n \t Nas favelas e outras áreas de habitação irregular do país, 31,6% dos \n moradores tinham rendimento domiciliar per capita até meio salário \n mínimo em 2010, enquanto nas demais áreas, o percentual era de 13,8%, \n conforme aponta nesta quarta-feira (6) o Instituto Brasileiro de \n Geografia e Estatística (IBGE), por meio do Censo Demográfico 2010 \n Aglomerados Subnormais Informações Territoriais. Na pesquisa, foi \n considerado o salário mínimo vigente no ano, R$ 510.\n \n \t Segundo a pesquisa, o maior contraste aparece no Centro-Oeste, chegando\n a 17,2 pontos percentuais: 28,4% dos domicílios em aglomerados \n subnormais (assentamentos irregulares conhecidos como favelas, invasões,\n grotas, baixadas, comunidades, vilas, ressacas, mocambos e palafitas, \n entre outros) estão nesta faixa de rendimento e 11,2% nas outras áreas \n da cidade.
\n \t Quanto ao rendimento nominal domiciliar per capita maior que cinco \n salários mínimos, 0,9% da população moradora de aglomerados \n (assentamentos irregulares conhecidos como favelas, invasões, grotas, \n baixadas, comunidades, vilas, ressacas, mocambos e palafitas, entre \n outros) estava nesta faixa de rendimento, ao passo que, nos outros \n locais, este percentual chegava a 13,4%. Este contrate se repetia em \n todas as regiões, sendo mais acentuada no Centro-Oeste, com 1,2% e \n 20,8%, respectivamente.\n \n \t Quanto à informalidade nas relações de trabalho, ou seja, emprego sem \n carteira de trabalho assinada, o percentual é maior nas favelas (27,8%).\n Nas outras áreas, o percentual é de 20,5% nbsp; padrão que se repete em \n todas as regiões.\n \n Nesse contexto, destacam-se dois pontos: primeiro, em todas as regiões a\n informalidade é maior em aglomerados subnormais; segundo, o trabalho sem\n carteira assinada é menor nas regiões Sul e Sudeste, independentemente da área\n em que se vive, afirma o IBGE.\n \n A pesquisa também analisou a presença do serviço de telefonia e constatou\n que está disponível para mais de 95% dos domicílios, tanto nas favelas, onde\n atinge 90,5% dos domicílios, quanto nas demais áreas das cidades (98,8%).\n \n Tanto nos aglomerados subnormais [favelas], quanto nas demais áreas, os\n percentuais somados de telefonia fixa e celular são semelhantes em todo o país.\n A diferença é que nos municípios do Sul e Sudeste a telefonia fixa tem uma\n penetração significativamente maior em relação ao Norte e Nordeste, diz a\n pesquisa.\n \n Fogão, geladeira, moto
\n Também foi comparada a posse de bens entre os moradores de favelas e das demais\n áreas dos municípios. O resultado, de acordo com o IBGE, indica uma quase\n universalização da geladeira e da televisão, com pequenas diferenças entre os\n dois tipos de áreas.\n \n A posse de motocicleta (11,3% nas demais áreas e 10,3% nos aglomerados\n subnormais) também é semelhante nos dois tipos de áreas.\n \n Há diferenças também na posse de máquina de lavar roupa (41,4% nas favelas e\n 66,7% nas demais áreas), computador (27,8% e 55,6%, respectivamente) e\n computador com acesso à internet (20,2% e 48,0%).\n \n Deslocamento para o trabalho
\n O IBGE ainda analisou o tempo gasto de deslocamento para o trabalho e chegou à\n conclusão de que não variava muito entre as pessoas que moram em favelas e as\n outras áreas da cidade. No Brasil, os percentuais de pessoas ocupadas que\n gastavam mais de uma hora diariamente no deslocamento para o trabalho variavam\n entre 19,7% e 19%, respectivamente.\n \n Entretanto, no município do Rio de Janeiro, houve ocupação de encostas ao\n longo da cidade e as populações destas áreas se instalaram perto de seus\n trabalhos, o que diminuiu o custo e o tempo com o transporte. Na capital\n fluminense, 21,9% da população de aglomerados levava mais de uma hora por dia\n para chegar ao trabalho, enquanto nas outras áreas essa proporção era de\n 26,3%.\n \n Já no município de São Paulo, por exemplo, que tem relevo pouco acidentado,\n a ocupação irregular ocorreu, em grande parte, em espaços mais distantes do\n centro, o que explica as diferenças no tempo de deslocamento: 37,0% da\n população residente em aglomerados leva mais que uma hora para chegar ao local\n de trabalho, em contraste com 30,0% dos moradores das demais áreas da cidade.\n \n
\n \t Quanto ao rendimento nominal domiciliar per capita maior que cinco \n salários mínimos, 0,9% da população moradora de aglomerados \n (assentamentos irregulares conhecidos como favelas, invasões, grotas, \n baixadas, comunidades, vilas, ressacas, mocambos e palafitas, entre \n outros) estava nesta faixa de rendimento, ao passo que, nos outros \n locais, este percentual chegava a 13,4%. Este contrate se repetia em \n todas as regiões, sendo mais acentuada no Centro-Oeste, com 1,2% e \n 20,8%, respectivamente.\n \n \t Quanto à informalidade nas relações de trabalho, ou seja, emprego sem \n carteira de trabalho assinada, o percentual é maior nas favelas (27,8%).\n Nas outras áreas, o percentual é de 20,5% nbsp; padrão que se repete em \n todas as regiões.\n \n Nesse contexto, destacam-se dois pontos: primeiro, em todas as regiões a\n informalidade é maior em aglomerados subnormais; segundo, o trabalho sem\n carteira assinada é menor nas regiões Sul e Sudeste, independentemente da área\n em que se vive, afirma o IBGE.\n \n A pesquisa também analisou a presença do serviço de telefonia e constatou\n que está disponível para mais de 95% dos domicílios, tanto nas favelas, onde\n atinge 90,5% dos domicílios, quanto nas demais áreas das cidades (98,8%).\n \n Tanto nos aglomerados subnormais [favelas], quanto nas demais áreas, os\n percentuais somados de telefonia fixa e celular são semelhantes em todo o país.\n A diferença é que nos municípios do Sul e Sudeste a telefonia fixa tem uma\n penetração significativamente maior em relação ao Norte e Nordeste, diz a\n pesquisa.\n \n Fogão, geladeira, moto
\n Também foi comparada a posse de bens entre os moradores de favelas e das demais\n áreas dos municípios. O resultado, de acordo com o IBGE, indica uma quase\n universalização da geladeira e da televisão, com pequenas diferenças entre os\n dois tipos de áreas.\n \n A posse de motocicleta (11,3% nas demais áreas e 10,3% nos aglomerados\n subnormais) também é semelhante nos dois tipos de áreas.\n \n Há diferenças também na posse de máquina de lavar roupa (41,4% nas favelas e\n 66,7% nas demais áreas), computador (27,8% e 55,6%, respectivamente) e\n computador com acesso à internet (20,2% e 48,0%).\n \n Deslocamento para o trabalho
\n O IBGE ainda analisou o tempo gasto de deslocamento para o trabalho e chegou à\n conclusão de que não variava muito entre as pessoas que moram em favelas e as\n outras áreas da cidade. No Brasil, os percentuais de pessoas ocupadas que\n gastavam mais de uma hora diariamente no deslocamento para o trabalho variavam\n entre 19,7% e 19%, respectivamente.\n \n Entretanto, no município do Rio de Janeiro, houve ocupação de encostas ao\n longo da cidade e as populações destas áreas se instalaram perto de seus\n trabalhos, o que diminuiu o custo e o tempo com o transporte. Na capital\n fluminense, 21,9% da população de aglomerados levava mais de uma hora por dia\n para chegar ao trabalho, enquanto nas outras áreas essa proporção era de\n 26,3%.\n \n Já no município de São Paulo, por exemplo, que tem relevo pouco acidentado,\n a ocupação irregular ocorreu, em grande parte, em espaços mais distantes do\n centro, o que explica as diferenças no tempo de deslocamento: 37,0% da\n população residente em aglomerados leva mais que uma hora para chegar ao local\n de trabalho, em contraste com 30,0% dos moradores das demais áreas da cidade.\n \n