CE/LD
Na manhã desta terça-feira (16), a Polícia Federal cumpre mais três mandados de busca e apreensão em Mato Grosso do Sul, dos 18 totais expedidos pelo Supremo Tribunal Federal em mais uma fase da Operação Lesa Pátria.
Além dos três mandados em Mato Grosso do Sul, os demais são para os seguintes Estados:
Rio Grande do Norte (1);
Santa Catarina (1);
Pará (4);
São Paulo (1);
Minas Gerais (3);
Espirito Santo (4);
Tocantins (1)
Nessa 26ª fase estão sendo mirados alvos suspeitos de financiarem a violência e dano generalizado que aconteceram em 08 de janeiro de 2023, em Brasília (DF), mas também os investigados pelos atos de vandalismo aos imóveis, móveis e objetos do Palácio do Planalto, Supremo Tribunal Federal e Congresso Nacional.
Ainda conforme a Polícia Federal, nos mandados constam a determinação pela "indisponibilidade de bens, ativos e valores dos investigados".
As investigações - que seguem em curso nessa operação permanente - estimam que os danos causados ao patrimônio público somem valores que chegam a R$ 40 milhões.
Mais de 1.400 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público após os atos de oito de janeiro, com mais de 130 já condenadas em fatos investigados que configuram os seguintes crimes:
Abolição violenta do Estado Democrático de Direito,
Golpe de Estado,
Dano qualificado,
Associação criminosa,
Incitação ao crime,
Destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
Alvos locais
Como já abordado pelo Correio do Estado, em busca dos incentivadores, executores e financiadores dos ataques às sedes dos Três Poderes em Brasília, a Operação Lesa Pátria lista dois nomes de destaque do Mato Grosso do Sul entre as 25 fases anteriores.
Em 11 de maio de 2023 a 11ª fase da operação cumpriu 22 buscas e apreensões nos Estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná. Os alvos foram empresários, fazendeiros e pessoas com registro de colecionadores, atiradores e caçadores (CACs).
Nessa décima primeira fase, além do produtor rural Geraldo César Killer, de Bauru (SP), apareceu o empresário Adoilto Fernandes Coronel, de Maracaju (MS), que já havia sido apontado como financiador dos protestos golpistas pela Advocacia-Geral da União (AGU).
Depois, no dia 5 de setembro, mais suspeitos de financiarem os atos golpistas de 8 de janeiro foram alvos da PF na 16ª fase da Lesa Pátria.
Entre os alvos de destaque estavam o filho do ex-prefeito de Birigui (SP) Wilson Borini, Rodrigo Borini; uma socialite de São Paulo chamada Marici Bernardes e Rodrigo de Souza Lins, deputado estadual suplente em Mato Grosso do Sul pelo PRTB.