Geral
07/06/2013 09:00:00
Pesquisa mostra que sete em cada dez brasileiros não poupam
A consulta, encomendada pela Serasa Experian ao Ibope, revela ainda que 35% das pessoas sentem mais prazer em gastar o dinheiro imediatamente do que em poupar, enquanto 30% compram por impulso.
Folha/AB
\n \n Uma\n pesquisa sobre hábitos financeiros dos brasileiros traz um dado preocupante:\n 69% dos entrevistados disseram não poupar. A consulta, encomendada pela Serasa\n Experian ao Ibope, revela ainda que 35% das pessoas sentem mais prazer em\n gastar o dinheiro imediatamente do que em poupar, enquanto 30% compram por\n impulso. \n \n Para\n Carlos Henrique de Almeida, economista da Serasa Experian, o resultado\n demonstra a falta de interesse em fazer poupança. "Isso demonstra o\n desconhecimento das vantagens de ter investimento e da necessidade de ter algo\n para o futuro", afirma. E esse costume de não poupar vem de longe, segundo\n o educador financeiro Reinaldo Domingos, presidente do Instituto DSOP. "As\n pessoas não poupam por causa dos próprios hábitos de consumo. Quando crianças,\n aprenderam a pegar dinheiro e comprar, então, quando se tornam adultos,\n qualquer sobra de dinheiro é gasta", afirma. \n \n A\n sondagem ainda traz outros dados interessantes, como o que indica que 38%\n optariam por parcelar suas compras no lugar de economizar e conseguir desconto\n no pagamento à vista. E mais da metade dos entrevistados (52%) não sabiam\n calcular corretamente o rendimento de uma aplicação financeira. Segundo\n Almeida, esse grupo é formado majoritariamente por pessoas de escolaridade\n menor, com conhecimento básico de finanças e renda mensal inferior a 10\n salários mínimos. \n \n Por\n outro lado, a maior parte dos 48% que souberam fazer corretamente as contas de\n rendimento de aplicação financeira compartilha o fato de terem concluído o\n curso superior e de terem renda mensal acima de 10 salários mínimos. Por\n região, os moradores do Sul demonstraram ter mais controle financeiro, seguidos\n pelos do Sudeste, Centro-Oeste e Norte/Nordeste. \n \n Hábito de poupar \n \n Mas\n se sete em dez brasileiros não têm o costume de guardar dinheiro, pode parecer\n difícil vislumbrar no horizonte uma forma de começar a economizar. No entanto,\n de acordo com Domingos, a solução para esse impasse não é tão complicada.\n "Não acho que a dívida seja o problema, e sim a ausência de sonhos e objetivos\n claros na vida das pessoas. É preciso estruturar um plano de vida e resgatar o\n que se deseja a curto, médio e longo prazo", afirma. \n \n Para\n isso, comece fazendo um diagnóstico do seu orçamento para verificar o destino\n do dinheiro. A seguir, elimine os excessos e procure não comprometer mais de\n 30% da renda com dívidas. Um terceiro passo seria definir metas de curto, médio\n e longo prazo, e começar efetivamente a poupar. "Para cada tempo existe um\n investimento que se adequa a isso", afirma Domingos. No curto prazo, para\n objetivos de até um ano, como viajar, o indicado é a caderneta de poupança, que\n tem liquidez (é fácil de sacar) e garantia do Fundo Garantidor de Créditos\n (FGC). \n \n No\n médio prazo, para metas de cinco a dez anos, o investidor pode partir para o Tesouro\n Direto - onde se aplicam em títulos públicos indexados à inflação ou à taxa de\n juros, por exemplo -, Certificado de Depósito Bancário (CDB) ou fundos de\n investimento. "Nesse último caso é preciso ficar de olho na rentabilidade\n e na taxa de administração", afirma. \n \n No\n longo prazo, para aqueles objetivos superiores a dez anos, como a\n aposentadoria, o investidor pode continuar no Tesouro Direto, mas pode optar\n por títulos com vencimento maior, como 15 ou 20 anos. \n \n \n \n \n