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Geral
19/07/2012 09:00:59
PF investiga se agente assassinado tinha envolvimento com agiotas
A investigação sobre a morte do agente da Polícia Federal Wilton Tapajós Macedo, assassinado na segunda-feira em Brasília, foca em duas hipóteses: morte por encomenda ou acerto de contas.

Terra/LD

\n \n A\n investigação sobre a morte do agente da Polícia Federal Wilton Tapajós Macedo,\n assassinado na segunda-feira em Brasília, foca em duas hipóteses: morte por\n encomenda ou acerto de contas. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo,\n colegas de trabalho do agente, que atuou na investigação contra o contraventor\n Carlinhos Cachoeira, relataram aos investigadores que Tapajós poderia estar devendo\n dinheiro a agiotas. A própria PF abriu inquérito para apurar o crime. \n \n Os\n investigadores têm o retrato falado de um suspeito, feito a partir de\n informações de um coveiro do Cemitério Campo da Esperança, onde ele foi morto\n com dois tiros na cabeça. Imagens de câmeras de segurança do cemitério vão\n ajudar os investigadores. Segundo relatos, dois homens cometeram o crime. O\n agente assassinado participou da Operação Monte Carlo, que prendeu Cachoeira e\n investigou dezenas de policiais militares, civis e federais. A operação já tem\n um histórico de ameaças a investigadores e a um juiz que tocava o caso. \n \n Carlinhos\n Cachoeira \n \n Acusado\n de comandar a exploração do jogo ilegal em Goiás, Carlos Augusto Ramos, o\n Carlinhos Cachoeira, foi preso na Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, em\n 29 de fevereiro de 2012, oito anos após a divulgação de um vídeo em que Waldomiro Diniz,\n assessor do então ministro da Casa Civil, José Dirceu, lhe pedia propina. O\n escândalo culminou na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos e na\n revelação do suposto esquema de pagamento de parlamentares que ficou conhecido\n como mensalão. \n \n Escutas\n telefônicas realizadas durante a investigação da PF apontaram diversos contatos\n entre Cachoeira e o senador Demóstenes Torres (GO), então líder do DEM no\n Senado. Ele reagiu dizendo que a violação do seu sigilo telefônico não havia\n obedecido a critérios legais, confirmou amizade com o bicheiro, mas negou\n conhecimento e envolvimento nos negócios ilegais de Cachoeira. As denúncias\n levaram o Psol a representar contra Demóstenes no Conselho de Ética e o DEM a\n abrir processo para expulsar o senador. O goiano se antecipou e pediu\n desfiliação da legenda. \n \n Com\n o vazamento de informações do inquérito, as denúncias começaram a atingir\n outros políticos, agentes públicos e empresas, o que culminou na abertura da\n Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista do Cachoeira. O colegiado ouviu\n os governadores Agnelo Queiroz (PT), do Distrito Federal, e Marconi Perillo\n (PSDB), de Goiás, que negaram envolvimento com o grupo do bicheiro. O\n governador Sérgio Cabral (PMDB), do Rio de Janeiro, escapou de ser convocado.\n Ele é amigo do empreiteiro Fernando Cavendish, dono da Delta, apontada como\n parte do esquema de Cachoeira e maior recebedora de recursos do governo federal\n nos últimos três anos. \n \n Demóstenes\n passou por processo de cassação por quebra de decoro parlamentar no Conselho de\n Ética da Casa. Em 11 de julho, o plenário do Senado aprovou, por 56 votos a\n favor, 19 contra e cinco abstenções, a perda de mandato do goiano. Ele foi o\n segundo senador cassado pelo voto dos colegas na história do Senado. \n \n \n \n \n