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Geral
10/10/2012 09:00:00
Planos de saúde estão na mira de aquisições no país
A compra da Amil pela gigante americana de planos de saúde UnitedHealth por R$ 9,95 bilhões, anunciada ontem, marca o processo de consolidação desse setor no Brasil, afirmam analistas ouvidos pela Folha.

Correio do Estado/LD

\n \n A\n compra da Amil pela gigante americana de planos de saúde UnitedHealth por R$\n 9,95 bilhões, anunciada ontem, marca o processo de consolidação desse setor no\n Brasil, afirmam analistas ouvidos pela Folha.\n \n A\n empresa dos EUA, que atende 75 milhões de pessoas no mundo, adquiriu 90% da\n companhia brasileira.\n \n Com\n cerca de 1.600 companhias, o segmento de convênios médico-hospitalares e\n odontológicos do país -que movimentou R$ 85 bilhões em 2011- é promissor,\n considerando o aumento do emprego e da renda.\n \n "Principalmente\n empresas regionais do Norte e do Nordeste devem estar no foco de fusões e\n aquisições durante os próximos dois anos", diz Mário Bernardes Júnior,\n analista do BB Investimentos.\n \n "São\n companhias, por exemplo, nascidas a partir de associações de médicos que\n passaram a oferecer planos."\n \n A\n equipe de análise da corretora Coinvalores destaca que o interesse por novas\n aquisições pode partir tanto de grandes grupos estrangeiros quanto de locais.\n \n A\n empresa ressalta que cerca de 30 companhias -como SulAmérica, Porto Seguro,\n Bradesco Saúde e Golden Cross, além da Amil- controlam 80% do setor e seriam\n compradoras em potencial.\n \n O\n uso de planos de saúde no país ainda é considerado baixo se comparado ao de\n mercados mais maduros, como os EUA. Enquanto no Brasil cerca de 25% da\n população utiliza os convênios pulverizados entre 1.600 companhias, nos EUA são\n 78% dos moradores, atendidos por 434 empresas.\n \n De\n acordo com Edson Bueno, fundador e diretor-executivo da Amil Participações, a\n UnitedHealth tem interesse em desenvolver produtos com foco na classe C.\n \n "Essa\n companhia é a mais inovadora do mundo em relação a tecnologias e vai atender\n melhor clientes e médicos", afirmou. Bueno disse ainda que não haverá\n alteração dos planos vigentes.\n \n A\n operação com a Amil ainda precisa ser aprovada pela ANS (Agência Nacional de\n Saúde Suplementar).\n \n Em\n nota, a instituição afirmou que a legislação "permite a livre participação\n de capital estrangeiro em operadoras de planos de saúde" e que isso não é\n inédito no Brasil.\n \n \n \n \n