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Geral
19/07/2012 09:00:00
Polícia Federal já está investigando crimes eleitorais em Corumbá e Ladário
De acordo com Alexandre Nascimento, a Polícia Federal já averiguou duas denúncias de crimes eleitorais deste pleito, porém nenhuma se comprovou.

Diario Online/LD

\n \n Com o início das campanhas eleitorais municipais 2012, tanto as\n polícias, quanto instituições como o Ministério Público, OAB e até mesmo a\n população, desempenham um papel importante no combate aos crimes eleitorais,\n entretanto é a Polícia Federal a responsável pela parte investigativa desses\n casos, conforme explicou em entrevista ao Diário, o delegado Alexandre\n Nascimento, titular da Delegacia de Polícia Federal em Corumbá.\n \n "A Polícia Federal atua tanto preventivamente quanto\n posterior ao fato como Polícia Judiciária. A Polícia Federal é a Polícia\n Judiciária exclusiva das eleições. A Polícia Judiciária é aquela que cuida da\n parte investigativa, da parte de inquérito policial, então qualquer ocorrência\n que envolva um fato criminoso com relação às eleições é a Polícia Federal que\n vai instaurar o inquérito e investigar", afirmou o delegado, lembrando\n que, na parte ostensiva, a atribuição é compartilhada.\n \n "As outras forças policiais como a Polícia Militar e a\n Polícia Civil vão estar nas ruas atuando, só que vão trazer a ocorrência para a\n Polícia Federal, que ainda atua ostensivamente", esclareceu ao citar que a\n população também pode ser aliada nessa tarefa.\n \n "Qualquer cidadão que observe situação que configure crime\n eleitoral pode documentar tirando fotos; juntando testemunhas; gravar\n distribuição de cestas, camisetas e brindes em geral; entrega de dinheiro e\n trazer esse material tanto para a Polícia Federal como para o Ministério\n Público ou até mesmo para o juiz eleitoral. A partir daí, a Polícia Federal vai\n instaurar um inquérito, investigar aquela prática. Haverá uma conclusão e\n encaminhamento dos resultados ao Ministério Público Federal", detalhou ao\n reforçar a necessidade de provas para atribuir autoria de crime a uma pessoa ou\n grupo denunciado.\n \n "Não podemos (polícia) estar em todos os locais ao mesmo\n tempo, então, de preferência, que o cidadão documente isso. Não adianta a\n pessoa chegar aqui e falar que “o fulano de tal” está entregando cesta básica, por\n exemplo. Tudo bem, vamos lá, mas chegando na hora, talvez, não esteja mais\n ocorrendo a prática, então, se a pessoa tiver como documentar, como gravar no\n celular, coletar nomes, testemunhas, ela vai nos ajudar. Ela não vai fazer\n papel de polícia, mas contribuir nesse trabalho porque a gente precisa de\n provas", enfatizou o delegado que informou que a Polícia Federal não deve\n contar com reforço, porém todo seu efetivo deve estar em atividade, uma vez que\n as férias foram suspensas, visando o atendimento que exige grande demanda nesse\n período.\n \n De acordo com Alexandre Nascimento, a Polícia Federal já averiguou\n duas denúncias de crimes eleitorais deste pleito, porém nenhuma se comprovou.\n Ainda, conforme o delegado há informações do encaminhamento de outras denúncias\n para a unidade policial.\n \n Falsa denúncia também é crime\n \n Alexandre Nascimento lembra que as disputas por cargos na esfera\n municipal são bastante acirradas, o que contribui para práticas nada\n "louváveis" como aquela onde se forjam denúncias.\n \n "A gente observa muita denúncia falsa, briga política, um\n candidato denunciando o outro. A exemplo do que observamos em outros pleitos,\n recebemos denúncias falsas, montadas, forjadas e isso complica bastante porque\n gera demanda e temos que atuar. Acaba tirando o foco de um fato que realmente\n ocorreu", comenta.\n \n Entretanto, ele afirma que todas as denúncias serão apuradas pelas\n equipes e que os autores dessas falsas comunicações de crimes eleitorais podem\n ser responsabilizados pela atitude danosa ao trabalho de investigação.\n \n Ele reforça que "a Polícia Federal não tem partido, é\n apartidária", podendo os dados da atuação eleitoral serem vistos,\n posteriormente, em forma de estatísticas. O delegado reforçou que a atuação\n policial também é acompanhada por órgãos de fiscalização. O telefone da Polícia\n Federal é o 3234-7800.\n \n \n \n \n