Geral
21/03/2013 08:46:21
Policial após intervir em assalto tem de custear R$ 18 mil por tratamento de ferimento à bala
O custeio, de acordo com a sua família, é para uma cirurgia e a continuidade do tratamento
Midiamax/AB
\n \n Lotado em Amambaí, município distante a 342 quilômetros da\n Capital, o policial civil Almir dos Santos Andrade, 30 anos, vive um dilema: ao\n interceptar um assalto em Ponta Porã, ele foi ao local, sendo atingido por um\n tiro na perna e agora terá de desembolsar ao menos R$ 18 mil para não ficar com\n as sequelas. \n \n O custeio, de acordo com a sua família, é para uma cirurgia e a\n continuidade do tratamento. Ao todo, os gastos foram de R$ 59 mil, porém o\n convênio médicos dos servidores arcou apenas com 70% do valor e a vítima está\n sendo obrigada a pagar o restante. Em entrevista, a esposa disse que ele já deu\n R$ 10 mil de entrada e parcelou o restante. \n \n Recentemente, indignados com o problema do colega de trabalho,\n policiais do município fizeram um protesto no Sinpol/MS (Sindicado dos\n Policiais Civis do Mato Grosso do Sul). Eles qualificaram este problema como um\n dos maiores descasos já enfrentados. \n \n Para a imprensa de Amambaí, o escrivão Cairis Rodrigues da Silva,\n disse que a categoria quer uma ação mais enérgica do sindicato. Ele não se\n machucou jogando bola, ou em outro lugar. Foi trabalhando! Defendendo a\n população. Merecia um tratamento de honra e não essa humilhação, disse. \n \n Sindicato diz que em momento algum deixou a\n vítima desamparada \n \n No início da semana, o policial passou por novos exames para saber\n possibilidade de receber alta, apesar de ter sido atingido no nervo da perna e\n reclamar de muitas dores. Na Capital, ele recebeu ontem a visita do presidente\n do Sinpol/MS (Sindicato dos Policiais Civis), Alexandre Barbosa, sendo\n informado por ele que está mobilizando uma corrente solidária a seu favor. \n \n Ele ainda reclamava de dores e ainda não fez o exame com o neuro.\n No total o tratamento ficou em quase R$ 60 mil e o plano entra apenas com um\n fator participativo. Por isso ele está recebendo ainda a visita da nossa\n assistente social e estamos abrindo uma conta para ele no Banco do Brasil, para\n que os colegas possam ajudar na sua recuperação, conta ao Midiamax o\n presidente. \n \n Por estar de folga quando acontecia o crime, o presidente alega\n que o Estado tem a obrigação de ajudá-lo. É um servidor que cumpriu o seu\n dever. Estamos também dando a ele amparo jurídico, porque deve cobrar essa\n dívida do Estado. Infelizmente não podemos tirar dinheiro do sindicato para um\n custeio particular, mas estamos ajudando de outras maneiras, argumenta o\n presidente, dizendo ainda que o número da conta da vítima chegará na próxima\n terça-feira. \n \n Intervenção policial \n \n O policial Almir e um colega retornavam da universidade, onde\n cursam Direito, quando, próximo a um ponto de ônibus, avistaram um casal sendo\n assaltando por dois homens em uma moto. \n \n Eles desceram do carro e anunciaram ser policiais. Foram então\n recebidos a tiros e revidaram a ação dos bandidos, porém Almir foi atingido na\n perna. Eles fugiram a pé e o colega de Almir prendeu Juan Carlos Ouviedo, de 23\n anos. O caso continua sendo investigado pela delegacia de Ponta Porã, já que o\n outro assaltante ainda não foi preso. \n \n \n \n \n