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Geral
23/08/2013 09:00:00
Presidente do CRM afirma que não vai socorrer médicos estrangeiros em caso de erros
O presidente do Conselho Regional de Medicina em Minas Gerais, João Batista Gomes Soares, polemizou nesta sexta-feira (23) ao orientar os profissionais brasileiros a não socorrem os colegas estrangeiros do Mais Médicos que porventura cometam erros durante atendimento.

R7/LD

\n \n O\n presidente do Conselho Regional de Medicina em Minas Gerais, João Batista Gomes\n Soares, polemizou nesta sexta-feira (23) ao orientar os profissionais\n brasileiros a não socorrem os colegas estrangeiros do Mais Médicos que\n porventura cometam erros durante atendimento.\n \n O\n profissional também promete chamar a polícia para estrangeiros, sobretudo\n cubanos, selecionados pelo programa do Governo Federal que trabalharem sem o\n registro emitido pela entdidade. De acordo com a medida provisória do Governo\n Federal, a prova de revalidação não é necessária para profissionais que\n aderirem ao programa.\n \n —\n Não podemos ficar pegando na mão da pessoa e não vamos ficar ensinando o\n sujeito. O paciente é nossa obrigação e não temos direito humano, ético e legal\n de negar atendimento, mas socorrer o médico, não.\n \n Ao\n defender que os médicos não vão "socorrer os cubanos" em casos de\n erros, João Batista Gomes diz que não haverá omissão de socorro. A explicação\n foi duramente criticada por demonstrar que a política de escolha dos médicos\n seria mais importante que o atendimento aos pacientes. Para o dirigente, a falta\n de apoio dos brasileiros será uma punição para colegas estrangeiros que não\n tiverem realizado o Revalida.Soares questiona a estrutura do programa e\n ressalta que os profissionais estrangeiros "nem conhecem a lista de\n medicamentos" usada no Brasil. O treinamento de três semanas proposto pelo\n Executivo é "irreal".\n \n Ele\n diz que os profissionais brasileiros devem "assegurar e documentar"\n caso se deparem com um caso de diagnóstico mal conduzido pelo colega\n estrangeiro. Na opinião do presidente, o Estado deverá ser responsabilizado em\n caso de danos para o paciente.\n \n —\n O Governo quer fazer política com uma coisa que não é política. É ética e\n técnica.\n \n Exigências\n \n Contrário\n à determinação da Medida Provisória 621/13, assinada pela presidente Dilma\n Rousseff que não obriga os profissionais a passarem pelo exame de revalidação\n de diploma no Brasil, Soares promete cumprir as exigências previstas na Lei\n 3.628, que regulamenta os requisitos para obtenção do registro médico. Além do\n exame, os estrangeiros vão ter que comprovar fluência no português para\n receberem o registro das mãos do conselho mineiro.\n \n —\n Se um médico não tiver registro, isso significa no nosso entendimento exercício\n ilegal da profissão. Não há discriminação, pode ser de qual nacionalidade que\n for, ele vai ser denunciado.\n \n O\n presidente do CRM-MG argumenta que a preocupação com a assistência médica à\n população do interior do País faz parte da classe médica. No entanto, ressalta\n que em algumas cidades "faltam um tanto de outras coisas, até padre"\n e que os profissionais pouco podem fazer sem a estrutura adequada.\n \n Acompanhamento\n \n O\n Ministério da Saúde informou que os estrangeiros devem fazer três semanas de\n curso de acolhimento e serão supervisionados por tutores das instituições de\n ensino superior do País. Se não forem aprovados em conhecimentos médicos e\n língua portuguesa, devem ser excluídos do programa. A carteira provisória\n entregue aos profissionais terá validade de três anos e será emitida pelos\n CRMs.\n \n \n \n \n