\n \n O primeiro-ministro Antonis Samaras propôs hoje (14) a reabertura\n parcial da rádio e televisão públicas da Grécia (ERT), cujo súbito fechamento na\n última terça-feira (11) provocou protestos generalizados no país e na Europa.\n Em comunicado, Samaras informou que deverá ser nomeada uma comissão provisória,\n que, com apoio dos partidos políticos, recrutará um pequeno número de\n funcionários para retomar imediatamente a emissão de programas de informação. \n \n Ao fechar a ERT à revelia dos seus parceiros de coligação, o\n conservador Samaras arriscou-se a provocar uma crise política na Grécia, que\n permanece submetida a um rigoroso programa de austeridade negociado com os\n credores internacionais.\n \n Os partidos de centro-esquerda que integram a coligação liderada\n pelos conservadores da Nova Democracia rejeitaram o fechamento da televisão e\n rádio públicas e recusaram-se a discutir qualquer plano de reformas até sua reabertura.\n \n Apesar de favoráveis à reestruturação da ERT, um organismo muito\n criticado pelos seus privilégios, clientelismo e má gestão, os líderes de\n centro-esquerda já tinham indicado que seus deputados não aprovariam “o\n decreto-lei destinado a validar o ato legislativo” sobre o fechamento da rede\n pública, assinado apenas pelos ministros de direita.\n \n A medida também expôs o governo a acusações de autoritarismo,\n emitidos por diversos grupos midiáticos na Grécia e no exterior.\n \n Centenas de trabalhadores da ERT continuavam hoje, pelo quarto dia\n consecutivo, a ocupar a sede da emissora em Atenas.\n \n O presidente da União Europeia de Radiotelevisão (UER), Jean-Paul\n Philipott, que se deslocou a Atenas, pediu hoje ao governo grego para “recuar\n na decisão” de fechar a ERT e “restabelecer o seu sinal”.\n \n \n \n \n