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31/10/2024 18:00:00
Principal narcotraficante do Paraguai será levado a julgamento

CE/LD

O Tribunal de Apelações ratificou, nesta quinta-feira (31), que um dos maiores narcotraficantes do Paraguai, Miguel Ángel Insfrán Galeano, conhecido como “Tio Rico”, enfrentará julgamento público. A decisão foi confirmada após a justiça paraguaia validar a participação de “Tio Rico” em atos puníveis relacionados ao tráfico de drogas e à associação para o tráfico.

De acordo com informações do site ABC Color, a juíza de garantias Rosarito Montanía abriu uma investigação para que Miguel Ángel Insfrán Galeano passasse por um julgamento público e oral, mas a defesa do narcotraficante recorreu ao tribunal. Após o caso ficar travado na justiça, o recurso foi resolvido novamente a favor da magistrada.

Miguel Ángel Insfrán Galeano está preso desde fevereiro do ano passado, quando foi capturado em um apartamento de luxo na praia do Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro (RJ).

De acordo com informações dos setores de inteligência do Brasil e do Paraguai, “Tio Rico” é um dos principais fornecedores de cocaína para a Europa e atuava também na região de Paranhos, onde mantinha uma empresa de fachada, vínculos religiosos e forte ligação com políticos locais.

Outro que está na mira dos setores de inteligência é o irmão de Miguel, o pastor evangélico José Alberto Insfrán Galeano, que administrava uma igreja em Curuguaty, a 80 km de Paranhos (MS), devidamente usada para lavagem de dinheiro. José Alberto também está preso no Paraguai.

Outro traficante que está na mira da justiça do Paraguai é o narcotraficante uruguaio Sebastián Marset, que, juntamente com Miguel Ángel, é um dos principais suspeitos de ser o mandante do assassinato do promotor de Justiça paraguaio Marcelo Pecci, ocorrido em maio de 2022 na Colômbia .

Atualmente, “Tio Rico” não tem presídio de segurança máxima de Minga Guazú, uma cidade paraguaia a 250 km da linha internacional com Mato Grosso do Sul, na região de Ciudad del Este.

Até o momento, os dados do julgamento não foram confirmados pela Justiça do Paraguai.