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Geral
20/12/2013 09:56:22
Produtores defendem redução de campanhas de vacinação contra febre aftosa
Durante encontro no Sindicato Rural foi criada comissão que ficará encarregada de promover estudos técnicos nesse sentido.

Midiamax/LD

Produtores\n rurais de Campo Grande decidiram ampliar as iniciativas visando a \n sensibilizar as autoridades sanitárias do Estado quanto à possibilidade \n de ser desenvolvida apenas uma das duas campanhas de vacinação contra a \n febre aftosa que hoje são realizadas no Estado. Durante encontro no \n Sindicato Rural foi criada comissão que ficará encarregada de promover \n estudos técnicos nesse sentido. \n Os produtores rurais reuniram-se com membros da Sociedade de Medicina \n Veterinária e do Sindicato dos Médicos Veterinários de Mato Grosso do \n Sul. De acordo com Oscar Stuhrk, presidente do Sindicato Rural, o \n Estado já erradicou a febre aftosa e mesmo assim continua a \n obrigatoriedade de duas vacinações por ano. \n “Infelizmente, por conta dessa obrigatoriedade os produtores viraram \n reféns dos laboratórios que produzem a vacina, pois estes promovem \n aumentos de preços absurdos e injustificáveis que em alguns casos chegam\n a comprometer a capacidade financeira do criador de imunizar o seu \n rebanho”, disse o presidente ao sugerir, para o caso de as duas \n campanhas serem mantidas, a desoneração fiscal das vacinas. \n Os produtores e os médicos veterinários lembraram que a última \n ocorrência da doença em Mato Grosso do Sul foi em 2008, quando a região \n de fronteira passou a ser classificada como zona de alta vigilância \n sanitária. “O próprio Paraguai, que no passado teve focos da doença, \n hoje é grande exportador de carne para a Europa e declarado zona livre \n de febre aftosa”, argumentou Oscar Stuhrk. \n Além disso, conforme lembrou, novembro é mês de chuva, quando o manejo \n do gado é bastante complicado. “Temos ainda o fato de que muita vaca \n está parindo, e o que é pior: o fornecimento de energia elétrica sofre \n interrupção constante, o que chega até a provocar perda de vacinas por \n conta da necessidade de mantê-las em baixa temperatura”, explicou.\n \n Para dar encaminhamento ao assunto, foi montada comissão que ficará \n encarregada de promover estudos a respeito da proposta, que \n posteriormente será discutida com a Iagro e Ministério da Agricultura. \n “Queremos levantar elementos para subsidiar não apenas o nosso \n sindicato, mas também as autoridades da área sanitária”, explicou Wilson\n Igi, diretor do SRCG. \n No pré-estudo de que já dispõe, a sugestão dos técnicos do SRCG é de que\n a vacina seja aplicada apenas em maio, conforme ocorre hoje no \n Pantanal. No entanto, quando o produtor vender o gado magro (bezerro de 1\n a 2 anos) ou movimentá-lo para participar de exposições ou feiras \n agropecuárias, será obrigado a aplicar dose de reforço da vacina. Dessa \n forma, haverá a segurança de que de fato o gado deixará a propriedade \n imunizado.