Geral
22/01/2012 09:28:42
Profissão de concurseiro é cada vez mais comum
Depois de 11 anos trabalhando nos Estados Unidos com exportação, o administrador de empresas Mário César Nascimento resolveu voltar para o Brasil no ano passado e, provisoriamente, seguir outra profissão: a de concurseiro.
Corrreio do Estado/AQ
\n \t Depois de 11 anos trabalhando nos Estados Unidos com exportação, o \n administrador de empresas Mário César Nascimento resolveu voltar para o \n Brasil no ano passado e, provisoriamente, seguir outra profissão: a de \n concurseiro. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e \n Estatística (IBGE), por ano, cerca de 5% da população brasileira, 10 \n milhões de pessoas, buscam uma vaga no serviço público e, para muitos, \n como no caso de Nascimento, essa busca teve um preço.
\n \t Ele faz parte do grupo cada vez maior de pessoas que decidem parar a\n vida e se dedicar ao ingresso na carreira pública. Decidi não \n trabalhar para estudar, essa foi a forma que achei de acelerar minha \n aprovação em um bom concurso, conta.\n \t
\n \t Para largar tudo, o administrador fez uma poupança enquanto estava nos \n Estados Unidos, e acredita que o dinheiro deve bancar a família de \n esposa e dois filhos por cerca de dois anos tempo suficiente, segundo \n ele, para se tornar fiscal de rendas. O salário desse cargo gira em \n torno de R$ 10 mil por mês, por isso vale o investimento e o sacrifício.\n Estudo cerca de dez horas por dia, afirma.\n \t
\n \t Mas nem sempre os que param a vida para estudar para os concursos \n públicos têm uma poupança, como Nascimento. Há ainda, pessoas que \n recebem ajuda de familiares pais, mães, maridos e esposas que \n decidem investir no sonho do concurseiro, que busca estabilidade e boa \n remuneração para sua vida profissional futura.\n \t
\n \t Segundo o diretor da escola Neon Concursos, em Campo Grande, Onei \n Fernando Savioli, essa figura nas salas de aula é cada vez mais comum, e\n tem ocorrido por uma mudança no cenário nacional da carreira pública, \n que obriga candidatos a estudarem bem mais. Nos últimos anos cresceu \n muito o volume de pessoas em busca de uma vaga pública mas, essas vagas,\n principalmente no último ano, estão diminuindo por conta de políticas. O\n governo tem enxugado a máquina e contratado só o essencial concursos \n que historicamente abriam duas mil vagas hoje abrem apenas mil, \n explica.\n \t
\n \t Por conta disso, foi-se o tempo de esperar a abertura de um edital para\n então começar os estudos. Os cursos intensivos, que preparam o aluno em\n matérias básicas como português, matemática, informática e raciocínio \n lógico, estão cada vez mais procurados. Somente na escola de Savioli, a \n expectativa é de que as matrículas nessa modalidade de ensino cresçam \n 50% neste ano.\n \t \n \n \t Quanto estudar?A média de tempo de estudo para passar em um concurso depende do \n objetivo e empenho do candidato. Para os que almejam a área \n administrativa é preciso cerca de seis meses a um ano. Já os que estão \n de olho em vagas de auditores da Receita Federal, Analista do INSS, \n tribunais de Contas e Polícia Federal, a necessidade de preparo exige \n pelo menos de um a dois anos.
\n \t Os prazos são por conta não apenas da concorrência maior em salários \n mais gordos mas também da instituição que elabora a prova. A Fundação \n Carlos Chagas costuma elaborar provas mais simples e, com questões já \n utilizadas em outros concursos, o que favorece o aluno que estuda \n resolvendo provas antigas.\n \t
\n \t Já a Cespe/UNB é considerada a mais difícil, exige mais dedicação e \n também concentração, já que cada questão errada anula uma correta do \n candidato. A Esaf é considerada a intermediária.\n \t \n \n
\n \t Ele faz parte do grupo cada vez maior de pessoas que decidem parar a\n vida e se dedicar ao ingresso na carreira pública. Decidi não \n trabalhar para estudar, essa foi a forma que achei de acelerar minha \n aprovação em um bom concurso, conta.\n \t
\n \t Para largar tudo, o administrador fez uma poupança enquanto estava nos \n Estados Unidos, e acredita que o dinheiro deve bancar a família de \n esposa e dois filhos por cerca de dois anos tempo suficiente, segundo \n ele, para se tornar fiscal de rendas. O salário desse cargo gira em \n torno de R$ 10 mil por mês, por isso vale o investimento e o sacrifício.\n Estudo cerca de dez horas por dia, afirma.\n \t
\n \t Mas nem sempre os que param a vida para estudar para os concursos \n públicos têm uma poupança, como Nascimento. Há ainda, pessoas que \n recebem ajuda de familiares pais, mães, maridos e esposas que \n decidem investir no sonho do concurseiro, que busca estabilidade e boa \n remuneração para sua vida profissional futura.\n \t
\n \t Segundo o diretor da escola Neon Concursos, em Campo Grande, Onei \n Fernando Savioli, essa figura nas salas de aula é cada vez mais comum, e\n tem ocorrido por uma mudança no cenário nacional da carreira pública, \n que obriga candidatos a estudarem bem mais. Nos últimos anos cresceu \n muito o volume de pessoas em busca de uma vaga pública mas, essas vagas,\n principalmente no último ano, estão diminuindo por conta de políticas. O\n governo tem enxugado a máquina e contratado só o essencial concursos \n que historicamente abriam duas mil vagas hoje abrem apenas mil, \n explica.\n \t
\n \t Por conta disso, foi-se o tempo de esperar a abertura de um edital para\n então começar os estudos. Os cursos intensivos, que preparam o aluno em\n matérias básicas como português, matemática, informática e raciocínio \n lógico, estão cada vez mais procurados. Somente na escola de Savioli, a \n expectativa é de que as matrículas nessa modalidade de ensino cresçam \n 50% neste ano.\n \t \n \n \t Quanto estudar?A média de tempo de estudo para passar em um concurso depende do \n objetivo e empenho do candidato. Para os que almejam a área \n administrativa é preciso cerca de seis meses a um ano. Já os que estão \n de olho em vagas de auditores da Receita Federal, Analista do INSS, \n tribunais de Contas e Polícia Federal, a necessidade de preparo exige \n pelo menos de um a dois anos.
\n \t Os prazos são por conta não apenas da concorrência maior em salários \n mais gordos mas também da instituição que elabora a prova. A Fundação \n Carlos Chagas costuma elaborar provas mais simples e, com questões já \n utilizadas em outros concursos, o que favorece o aluno que estuda \n resolvendo provas antigas.\n \t
\n \t Já a Cespe/UNB é considerada a mais difícil, exige mais dedicação e \n também concentração, já que cada questão errada anula uma correta do \n candidato. A Esaf é considerada a intermediária.\n \t \n \n