Geral
25/11/2013 09:00:00
Queda no preço da saca deve reduzir produção do milho safrinha em MS
Com redução de 46% nos preços da saca, as perspectivas para a produção do milho safrinha em Mato Grosso do Sul, para o próximo ano, não são as melhores. Uma saca, que em 2012 variava entre R$ 25 e R$ 26, neste ano custa entre R$ 14 e R$ 16.
CGNews/LD
Com redução de 46% nos preços da saca, as perspectivas para a produção do milho safrinha em Mato Grosso do Sul, para o próximo ano, não são as melhores. Uma saca, que em 2012 variava entre R$ 25 e R$ 26, neste ano custa entre R$ 14 e R$ 16.Com a tendência de queda nos preços, devido ao excesso de produção do milho, os produtores estão desestimulados quanto à cultura.Em novembro do ano passado, quando os produtores já se preparavam para a plantação, que começa em fevereiro, o volume de vendas das sementes de milho já era praticamente de 100%. Neste ano, o volume é ínfimo, informou o diretor executivo da Fundação MS, Renato Roscoe.Ainda é muito prematuro fazer uma avaliação da colheita para 2014, mas será menor, com certeza. No ano passado, em novembro, quase todos os produtores já tinham comprado a semente de milho. Neste ano, o volume de vendas foi ínfimo, até o momento.Ainda não há perspectiva de colheita para 2014. Neste ano, o Estado colheu 7 milhões de toneladas do grão em cerca de 1,5 milhão de hectares.A Fundação MS apresentou hoje (25), na Famasul, (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso do Sul), os resultados das pesquisas relativas ao milho safrinha no Estado, relativo a colheita 2013.A intenção também foi esclarecer dúvidas dos produtores rurais em relação ao posicionamento de híbridos de milho, manejo do solo, fertilidade, controle de pragas e doenças de plantas.Nós queremos trazer para o produtor um balanço dos trabalhos deste ano. Além disso, queremos orientar os profissionais para 2014, indicando o posicionamento de materiais, entre outras orientações, explicou Renato.Temas importantes para plantação foram repassados aos produtores, entre eles adubação do milho com nitrogênio.nbsp;Conforme o resultado de experimentos existe diferença na produtividade entre híbridos.nbsp;Segundo o pesquisador de fitotecnia milho, André Lourenção, em uma experiência os híbridos foram colocados com a mesma adubação, manejo, buscando o máximo potencial possível e a diferença foi de 20% entre o mais e o menos produtivo.Esse estudo facilita a escolha do produtor sobre a melhor tecnologia a ser usada nas lavouras.nbsp;O posicionamento de materiais e a fitossanidade também fizeram parte da apresentação da Fundação.Praga -nbsp;Com o surgimento da praganbsp;Helicoverpa Armigera, que chegou ao Brasil neste ano e já foi identificada em vários estados, a Fundação intensificou a orientação aos produtores do Estado. A lagarta é tida pelos especialistas como devastadora.Porém, para o pesquisador da Fundação MS, Fernando Grigolli, os produtores devem, em qualquer caso, primeiramente identificar a praga para garantir o controle correto da doença. Identificar é o primeiro passo. É preciso que haja uma estratégia de controle para cada tipo de praga.Segundo ele, ainda não há registros da lagarta Helicoverpa Armigera em Mato Grosso do Sul. E com relação as outras lagartas não existe nenhuma área de descontrole no Estado. Não estamos em status de emergência.Durante o evento na manhã de hoje, o pesquisador irá apresentar o resultado de um ensaio sobre o uso de fungicidas em milho e até que ponto seu uso é viável economicamente.As culturas alternativas e como o produtor de milho pode se organizar para o plantio serão abordados pelos palestrantes. As alternativas de outono e inverno são culturas em que o produtor pode investir, caso não queira destinar toda a plantação para o milho, ressaltou Renato.