\n \n O deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) foi considerado\n culpado do crime de lavagem de dinheiro pelo relator do processo do mensalão,\n Joaquim Barbosa. O ministro prossegue a leitura de seu voto após intervalo na\n sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) desta quinta-feira (16).\n \n Segundo Barbosa, o parlamentar deve ser condenado por esse crime,\n que tem pena de 3 a\n 10 anos de prisão, por ter dissimulado a origem e o recebimento de R$ 50 mil do\n esquema montado pelo publicitário Marcos Valério. A quantia foi sacada em uma\n agência do Banco Rural pela esposa de João Paulo.\n \n “Está demonstrado que o réu, dolosamente, utilizou sofisticado\n crime de lavagem de dinheiro, pelas contas bancárias de Marcos Valério, para\n receber R$ 50 mil. Tudo permaneceu na mais absoluta clandestinidade até as\n investigações virem à tona”, disse Barbosa.\n \n De acordo com o relator, o dinheiro sacado pela esposa de João\n Paulo foi disponibilizado pela SMPamp;B em Minas Gerais. Barbosa\n explicou ainda que, embora a quantia tenha sido retirada pela mulher do\n parlamentar, ficou registrado, no banco, que foi a própria SMPamp;B que fez o\n saque para pagar um fornecedor, ocultando o destino do dinheiro.\n \n “Tudo foi mantido em sigilo pelo Banco Rural. Assim, logrou-se\n impedir a localização da origem e propriedade do dinheiro, até que diligência\n de busca e apreensão levasse aos documentos”, disse Barbosa. O relator alegou\n que os réus tinham tanta certeza que o crime não seria identificado que João\n Paulo Cunha disse, inicialmente, que sua esposa foi ao Banco Rural pagar uma\n fatura de televisão a cabo.