O empresário responsável pelo condomínio de luxo Nasa Park, que fica localizado entre Campo Grande e Jaraguari, onde a barragem de uma represa se rompeu na terça-feira (20), ainda não foi localizado pelo Corpo de Bombeiros para autuação. Técnicos do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) estão no local para vistoriar a área e possíveis irregularidades.

Em nota, o Corpo de Bombeiros informou que realizou vistorias técnicas, que constatou o não cumprimento de exigências obrigatórias. A empresa responsável pelo residencial foi notificada e multada em R$ 9,8 mil.

O rompimento da barragem da represa ocorreu por volta das 9h30, segundo o Corpo de Bombeiros. A água invadiu casas e parte da BR-163 (próximo ao km 500), que ficou totalmente interditada por pelo menos cinco horas. Não houve feridos.

Ainda segundo o Imasul, o empreendimento estava sendo notificado há cinco anos por não possuir Plano de Segurança da Barragem e nem Plano de Ação de Emergência. Durante a última vistoria no condomínio, realizada em 2023, foi identificada a necessidade de manutenções preventivas cruciais para a segurança da barragem, como a limpeza da vegetação e a desobstrução do sistema de drenagem.

O rompimento da barragem arrastou casas, assustou moradores e até abriu uma cratera gigante no quilômetro 500 da BR-163. Não houve feridos.

Entenda o caso

A barragem da represa do condomínio de luxo Nasa Park, entre Campo Grande e Jaraguari, em Mato Grosso do Sul, rompeu na terça-feira (20). A água invadiu casas e parte da BR-163.

A represa tem mais de 20 hectares de lâmina - área de abrangência da água - e fica no meio de aproximadamente 100 casas de luxo, que não foram atingidas.

Imagem feitas de um avião mostra o antes e depois de represa se romper no condomínio de luxo Nasa Park. Conforme apurado pela reportagem, a represa fica no meio de aproximadamente 100 casas de luxo e era utilizada pelos moradores do condomínio para banho e passeios de jet ski e lanchas.

As obras para manutenção da BR-163 devem durar 15 dias, pelo menos. O fluxo de veículos pela rodovia é feito pela única pista intacta, no esquema “pare e siga”. Por isso, uma grande fila de veículos se forma nos dois sentidos da rodovia e o trânsito flui lentamente.