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Geral
22/01/2012 10:24:21
Seis em cada dez brasileiros pertencem à classe média
Brasil é um país de classe média. Seis em cada dez brasileiros com 16 anos ou mais já pertencem a esse grupo, segundo o Datafolha.

Folha/AQ

Brasil é um país de classe média. Seis em cada dez brasileiros com 16 \n anos ou mais já pertencem a esse grupo, segundo o Datafolha.
\n Com 90 milhões de pessoas, número superior ao da população alemã, a \n classe média brasileira, no entanto, está longe de ser homogênea.\n \n \n \n A variedade de indicadores de renda, educação e posse de bens de consumo\n permite a divisão dessa parcela da população em três grupos distintos \n que separam os ricos dos excluídos.\n \n \n \n O acesso crescente a bens de conforto, como eletroeletrônicos, \n computadores e automóveis, é o que mais aproxima as três esferas da \n classe média brasileira.\n \n \n \n A partir da medição da posse desses itens, a população é divida em classes nomeadas por letras.\n \n \n \n O Brasil de classes médias é aquele que está conseguindo escapar dos \n estratos D e E, deixando para trás os excluídos, mas ainda quase não tem\n presença na classe A.\n \n \n \n Ganhos de renda, consequência de crescimento econômico mais forte e \n políticas de distribuição de renda e maior acesso a crédito \n contribuíram para essa tendência.\n \n \n \n "Aumentos de renda que parecem pequenos para a elite têm representado \n uma revolução para as classes mais pobres", afirma o economista Marcelo \n Neri, da FGV (Fundação Getúlio Vargas).\n \n \n \n Se a posse de bens de consumo aproxima as três classes médias brasileiras, indicadores de renda e educação ainda os distanciam.\n \n \n \n Rendimento e escolaridade mais elevados são, por exemplo, \n características que afastam os brasileiros da classe média alta dos \n outros dois estratos. Já as linhas que separam os integrantes das \n classes médias intermediária e baixa são mais tênues.\n \n \n \n A renda da classe média baixa ainda é, por exemplo, mais elevada do que a da classe média intermediária.\n \n \n \n No entanto, os integrantes bem mais jovens da classe média intermediária\n têm melhores perspectivas econômicas por conta de avanços educacionais \n mais significativos nos últimos anos.\n \n \n \n Esse grupo é o que mais se expandiu no país na última década. Com 37 \n milhões de pessoas (de 16 anos ou mais), só perde para os excluídos, que\n ainda formam a classe mais numerosa no Brasil, embora tenham encolhido.\n \n \n \n Apesar da expansão significativa da classe média, há quem ainda não \n sinta fazer parte do grupo. É o caso de Rosiley Marcelino Silva, 46. \n Casada e mãe de dois filhos adultos, ela vive da venda de salgados e do \n salário do marido, ajudante de caminhão.\n \n \n \n "Não acho que tenho vida de classe média. Mas agora dá para sobreviver",\n diz Rosiley, que foi classificada pelo Datafolha como classe média \n intermediária.\n \n \n \n A vulnerabilidade da nova classe média é uma questão que preocupa as autoridades.\n \n \n \n "Nós estamos tentando pensar em políticas que ajudem essas pessoas a não\n retornarem para a pobreza, porque esse é um risco", afirma Diana \n Grosner, economista da Secretaria de Assuntos Estratégicos da \n Presidência da República.\n \n \n \n Segundo ela, o governo trabalha agora em uma definição oficial de classe\n média e, depois, poderá dividi-la em até três grupos distintos para \n elaborar políticas específicas de acordo com as necessidades de cada um \n deles.
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