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BRASIL Sony vai fechar fábrica no Brasil e deixar setor de TVs Games, soluções profissionais, música e audiovisual seguirão funcionando no país Agência Estado Em 07h22 - 16/09/2020
Imagem ilustrativa (Foto: reprodução) Presente há quase 50 anos no Brasil, a fabricante de eletrônicos Sony vai fechar sua fábrica na Zona Franca de Manaus e deixará de vender TVs, câmeras e produtos de áudio no País a partir de março de 2021. A informação, divulgada inicialmente em um comunicado enviado na segunda-feira (14) pela japonesa a parceiros, varejistas e entidades do Amazonas, foi confirmada pela empresa na manhã de terça-feira (15).
No documento, a empresa afirma que a decisão considera “o ambiente de mercado e a tendência esperada para os negócios”. A companhia ainda diz que outras quatro divisões – games, soluções profissionais, música e audiovisual, que inclui cinema e TV – seguirão funcionando no Brasil.
Apesar do fechamento da fábrica, a Sony afirma que manterá operações locais para oferecer suporte ao consumidor. As vendas do PlayStation, que já não era feito localmente desde 2017, devem continuar por meio de distribuidoras. Em abril de 2019, a empresa já havia deixado o mercado de smartphones no País.
Trabalhadores Tanto na nota oficial quanto no comunicado enviado ao governo do Amazonas não há detalhes sobre como ficarão os trabalhadores da indústria. A empresa tem 300 empregados no polo industrial da Zona Franca de Manaus. Wilson Périco, presidente do Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas), informa que tem reunião marcada com a empresa para hoje.
Segundo Périco, a companhia já havia solicitado o encontro na semana passada, sem especificar o tema. Para ele, a concorrência com marcas coreanas, como LG e Samsung, em termos de preço e evolução tecnológica, afetaram a situação da empresa no País.
Valdemir Santana, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Manaus e da CUT-AM (Central Única dos Trabalhadores do Amazonas), diz que já se reuniu com a direção da Sony e que tem novo encontro marcado para tentar atenuar as perdas para os trabalhadores. Ele pretende negociar proposta que ofereça a manutenção do plano de saúde para quem for demitido e indenização proporcionalmente maior para quem tiver mais tempo de casa.
O dirigente sindical argumenta que não existe uma política industrial do governo que fomente o emprego, no momento em que as autoridades sinalizam que poderão reduzir tarifas e abrir o setor para as importações. “Em 2010, a Zona Franca chegou a ter 140 mil empregos e hoje não chega 85 mil.”