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Geral
09/01/2014 10:15:16
Telexfree propõe à Justiça devolver dinheiro, mas continuar em atividade
A Telexfree diz ter apresentado à Justiça uma proposta nesta quarta-feira (8) que prevê a devolução dos recursos investidos pelos associados – conhecidos como divulgadores – , contanto que a empresa, bloqueada, possa continuar em atividade.

Midiamax/LD

A\n Telexfree diz ter apresentado à Justiça uma proposta nesta quarta-feira\n (8) que prevê a devolução dos recursos investidos pelos associados – \n conhecidos como divulgadores – , contanto que a empresa, bloqueada, \n possa continuar em atividade. \n O Ministério Público do Acre (MP-AC) pede a dissolução do negócio, pois \n entende que o esquema se trata de uma pirâmide financeira. A prática é \n crime no Brasil e, portanto, não pode ser motivo de acordo. \n A divulgação da proposta desencadeou uma troca de acusações entre a \n empresa e a promotora Alessandra Marques, responsável pelo caso. \n Na terça-feira (7), Carlos Costa – um dos diretores da Telexfree – \n apresentou, em um vídeo postado na página oficial da empresa numa rede \n social, a ideia de devolução dos recursos com continuidade das \n atividades como um "TAC" (sigla para Termo de Ajustamento de Conduta), e\n jogou para o MP-AC a responsabilidade por não aceitá-lo. \n "A empresa está se propondo a devolver o dinheiro dos divulgadores e \n continuar no mercado trabalhando", disse Costa. "Pirâmide financeira não\n existe".\n O TAC é um instrumento pelo qual empresas investigadas pelo Ministério \n Público firmam compromissos de mudança de atitude com vistas a evitar \n uma ação judicial. \n Acontece que, pela legislação, quem tem competência para propor um TAC é\n a promotoria, e não o réu no processo. Condutas ilegais – como os \n promotores entendem ser o caso dos negócios da Telexfree – não podem ser\n motivo de acordo. \n \n Telexfree não aceitou devolver\n Em novembro de 2013, o MP-AC chegou a elaborar uma proposta de TAC que \n também previa a devolução dos recursos aos divulgadores e a extinção \n Telexfree. Entretanto, ela não foi aceita pelos representantes da \n empresa. \n Nesta quarta-feira (8), a promotora Alessandra Marques divulgou nota em resposta ao vídeo divulgado pela Telexfree. \n "Cumpre dizer que foi a empresa Ympactus [razão social da Telexfree no \n Brasil], por meio do senhor Carlos Costa, presente na audiência, que não\n aceitou sequer negociar a proposta de acordo apresentada pelo \n Ministério Público em audiência", informa o texto. \n Pouco depois, Costa voltou a público. Em um novo vídeo, negou que tivesse apresentado sua proposta como um TAC. \n "Para que fique bem claro: a proposta da Ympactus não é um TAC, porque \n nós sabemos muito bem que só o Ministério Público pode propor o TAC. Mas\n nós mostramos, passamos para a senhora uma proposta para que a senhora \n desenvolvesse o TAC”, disse o diretor da empresa. \n Nesse vídeo, Costa afirma também que a proposta foi apresentada à \n Justiça do Acre – onde tramita a ação que pede a extinção dos negócios \n da Telexfree – nesta quarta-feira (8). Um pedido de acordo judicial foi \n protocolado, de fato, na 2ª Vara Cível do Acre.