CE/PCS
Em trecho de relatório da Corregedoria Nacional de Justiça (CNJ), o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul é citado como “inerte” perante as denúncias contra a desembargadora Tânia Garcia de Freitas Borges. Ela foi afastada cautelarmente de suas funções na magistratura e, consequentemente, da presidência do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), ontem, por ajudar o filho, acusado de tráfico de drogas.
De acordo com o que disse o ministro Humberto Martins, durante leitura do relatório ontem, exemplo da inércia do TJMS é que a Corregedoria requisitou à presidência do Tribunal a remessa dos registros das imagens das pessoas que, no período de 10 de julho a 10 de agosto de 2017, entraram no gabinete da desembargadora e dele saíram.
Dois meses depois, o TJMS não havia se manifestado quanto ao pedido, por isso teve de ser determinado pela Corregedoria a realização de novas diligências ao TJMS, com objetivo de verificar os arquivos originais das gravações e tomar depoimento dos servidores que atuam na recepção dos gabinetes.
Os investigadores buscavam saber se a desembargadora havia visitado os desembargadores Ruy Celso Barbosa Florence e José Ali Ahmed Neto.
No relatório, é citado ainda o juiz auxiliar da Corregedoria Geral do TJMS, Fernando Paes de Campos, que teria se deslocado de Campo Grande até Três Lagoas e Água Clara, logo após a prisão em flagrante de Breno Solon Borges, com o objetivo de influenciar na soltura dele durante audiência de custódia.