CGN/LD
Bois estão morrendo de fome e sede na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul em consequência da maior estiagem já registrada na região.
Se não bastassem os incêndios que devastam o Chaco paraguaio, a baixa histórica do nível de rios que cortam a região compromete a produção de pequenos agricultores e criadores de gado.
Na área rural de Puerto Casado, povoado de seis mil habitantes localizado a 20 km do território sul-mato-grossense, os animais sofrem com a falta de água e de pasto.
Moradores retratam a situação com imagens de bois “em couro e osso” caminhando entre a vegetação de clima semiárido e atolados em poças de lama quando tentavam matar a sede. Nessa região, grande parte das propriedades é formada por assentamento, usados para agricultura de subsistência.
De acordo com o jornal Última Hora, os habitantes reclamam de abandono por parte do governo paraguaio. O aqueduto do Chaco Central não é suficiente para abastecer sítios e chácaras e até agora não há decreto de emergência, o que poderia facilitar o socorro aos moradores.
A estiagem ameaça centenas de famílias que vivem na região de Puerto Casado. Sem opções de trabalho, a maioria sobrevive de pequenas atividades ligadas ao campo.