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Meio Ambiente
12/08/2024 18:00:00
Bolívia pede ajuda ao Brasil para enfrentar incêndios no Pantanal
O incêndio que atingiu o Pantanal pela Serra do Amolar, ligou o alerta do governo boliviano que pede ajuda para controlar as chamas. Mais de 1,5 milhão de hectares foram consumidos pelo fogo, pelo lado brasileiro.

CE/LD

Os incêndios no Pantanal, que se tornaram incontroláveis, acionaram também o alerta no governo boliviano. Na manhã desta segunda-feira (12), a Bolívia solicitou auxílio ao Brasil para combater os incêndios florestais que devastaram milhares de hectares. Com o forte calor e o tempo seco neste mês de agosto, a tendência é que a situação piore ainda mais.

O pedido do governo boliviano foi encaminhado à Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e será avaliado pelo Itamaraty.

Conforme o mapa geográfico da região, o Pantanal faz fronteira entre os dois países pela Serra do Amolar, que recentemente foi atingida por chamas que devastaram vastas áreas. De acordo com a Bolívia, o país solicita ao Brasil o envio de aeronaves para ataques aéreos aos focos de incêndio, bem como o envio de brigadistas ou bombeiros militares para controlar os incêndios em terra.

Consultado, o Ministério das Relações Exteriores (MRE), por meio do Itamaraty, ainda não estabeleceu um prazo para a resposta à solicitação boliviana.

Conforme estudos geográficos, o Brasil possui 3.423 km de fronteira com a Bolívia. Essa extensão abrange quatro estados brasileiros, incluindo Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, que estão enfrentando incêndios no Pantanal. A região pantaneira tem implementado ações de combate aos incêndios com o apoio de aeronaves das Forças Armadas e brigadistas em solo. Somente neste ano, 1,4 milhão de hectares foram queimados no Pantanal, o que representa cerca de 9% do bioma.

Fronteira entre Brasil e Bolívia

O encontro dos territórios da maior planície alagável do mundo ocorre na região da Serra do Amolar, que é reconhecida como Patrimônio Nacional da Humanidade e santuário da biodiversidade.

Conforme divulgado pelo Correio do Estado de ontem (11), a região entre os dois países está sendo monitorada após as baixas temperaturas registradas neste final de semana.